O vereador Dudu (PT) usou a tribuna da Câmara Municipal, nesta quarta-feira(13), para apresentar um requerimento verbal solicitando a secretaria de Desenvolvimento Urbano de Teresina informações acerca do quantitativo de arrecadação da taxa da iluminação pública. Dudu pediu também informações sobre a tramitação processual da Ação Civil Pública em que figura como réu o secretário Marco Antônio Ayres e Daniel de Miranda Henrique, da empresa CitéLuz Serviços de Iluminação Urbana.
"Nossa iluminação é um escândalo. Em 2014 fiz um alerta e denunciei que a licitação desse serviço já tinha endereço e um vencedor predestinado. A Prefeitura fez a licitação e garantiu que o serviço de iluminação pública iria melhorar, mas isso não está sendo feito. Nós lutamos e brigamos aqui na Câmara Municipal, realizamos audiência pública, mas a empresa CitéLuz acabou vencendo a licitação, mas nenhuma economia foi feita na cidade", afirmou Dudu.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Vereador Dudu, do Partido dos Trabalhadores
Segundo o parlamentar a empresa fez a implantação de lâmpadas de LED nas avenidas Cajuína, Barão e Henry Wall de Carvalho, que custou mais de R$ 80 milhões de para os cofres públicos.
"Falam tanto em economia, mas é apenas mentira para o povo. Por isso, em 2015 entramos com representação com proposição de ação civil pública no Ministério Público Estadual, que foi acatada para investigar as possíveis irregularidades no contrato entre Prefeitura e a empresa CitéLuz. Quando eu digo que esta Casa ao se movimentar fiscalizando o dinheiro público é para que possamos otimizar o pouco dinheiro que a cidade tem. Agora a justiça tornou réu o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marco Antônio Ayres, porque foram encontrados indícios de fraude na licitação. Diante disso queremos a convocação dele nesta casa para explicações, porque tudo isso só prejudica Teresina", disse o vereador.
O requerimento verbal apresentado por Dudu solicitou a convocação do secretário Marco Antônio Ayres para prestar informações a respeito da licitação da iluminação pública, que hoje é objeto de representação na justiça, além de pedir a anulação da mesma. O requerimento foi rejeitado por 16 votos contra, 4 favoráveis e 1 abstenção.
"Mais um crime está acontecendo nessa cidade e a Câmara não pode se calar. Queremos um relatório com os números de arrecadações do serviço de iluminação pública de janeiro até o mês de agosto, porque só assim podemos ter consciência de como está sendo o repasse para o município. Esse poder tem o direito constitucional de fiscalizar, mas muitos vereadores insistem em blindar os secretários da Prefeitura de Teresina e só quem fica prejudicado é a população", concluiu o vereador.
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