A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12), a Operação Tripla Face contra fraudes na Previdência Social. A ação teve início por volta das 5h e estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em Teresina, especificamente nos bairros Morada do Sol, Aeroporto e Jóquei. A sede da Superintendência Regional no Piauí, localizada na Avenida João XXIII também é um dos alvos da operação.
Em entrevista ao GP1, o delegado Lucimar Sobral, da Polícia Federal no Piauí, revelou que foram desviados 250 mil reais em um único benefício previdenciário. “O prejuízo foi de aproximadamente 250 mil em um benefício, ele está totalmente comprovado. E tem outros 23 benefícios [sendo investigados]. Estamos cumprindo mandados de busca e apreensão em quatro endereços em Teresina sobre crimes contra o INSS, fraude. Não foi pedido prisão, só buscas”, disse.
O delegado Sobral ainda assegurou que não tem nenhum servidor do INSS envolvido na fraude. “Era um fraudulento, uma pessoa morria e ele falsificava documentos para conseguir uma procuração no cartório para poder continuar recebendo benefícios no nome da pessoa. O suspeito é de Teresina”, finalizou.
Conforme uma nota da Polícia Federal, a Justiça Federal determinou o bloqueio das contas dos investigados. No decorrer das investigações já foi comprovado o recebimento fraudulento de um benefício previdenciário, o qual causou um prejuízo de R$ 242.690,01 aos cofres do INSS.
Os crimes praticados pelo grupo criminoso são: Estelionato Previdenciário (Art. 171, § 3º do Código Penal); Associação Criminosa (Art. 288 do Código Penal); Falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal); e Uso de Documento Falso (Art. 304 do Código Penal).
O nome da Operação Tripla Face decorre do fato do grupo criminoso ter utilizado 03 RGs diferentes com os dados de uma beneficiária falecida, alterando apenas as fotografias dos RGs.
Como funcionava a fraude
O grupo criminoso pegava a identificação de beneficiários do INSS falecidos, falsificavam o RG em nome do beneficiário falecido, conseguiam procuração pública ideologicamente falsa por meio da utilização do RG falsificado e por fim, realizavam o cadastramento de Procurador do beneficiário junto ao INSS, utilizando-se do RG falso e da procuração pública falsa, além de um atestado médico falso atestando que o beneficiário está impossibilitado de se locomover.
Confira a nota na íntegra
A Polícia Federal, em parceria com o INSS, deflagrou nesta manhã (12.09.2017) a Operação TRIPLA FACE para desarticular grupo criminoso especializado na falsificação de documentos públicos e privados com o fim de continuar a receber benefícios previdenciários de beneficiários falecidos, sendo resultado de uma investigação iniciada em Julho de 2015.
A Operação Policial mobilizou 15 Policiais Federais do Estado do Piauí para o cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão em 04 endereços dos investigados em Teresina, todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina/PI.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio das contas dos investigados.
O grupo criminoso investigado possui o seguinte modo de agir:
- Identificação de beneficiários do INSS falecidos;
- Falsificação de RG em nome do beneficiário falecido;
- Obtenção de Procuração Pública ideologicamente falsa por meio da utilização do RG falsificado;
- Cadastramento de Procurador do beneficiário junto ao INSS, utilizando-se do RG falso e da Procuração Pública falsa, além de um Atestado Médico falso atestando que o beneficiário está impossibilitado de se locomover;
- Reativação e recebimento normal do benefício.
No decorrer das investigações já foi comprovado o recebimento fraudulento de um benefício previdenciário, o qual causou um prejuízo de R$ 242.690,01 aos cofres do INSS. Há indícios de fraude no recebimento de pelo menos outros 23 benefícios previdenciários.
Os crimes praticados pelo grupo criminoso são: Estelionato Previdenciário (Art. 171, § 3º do Código Penal); Associação Criminosa (Art. 288 do Código Penal); Falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal); e Uso de Documento Falso (Art. 304 do Código Penal).
O nome da Operação TRIPLA FACE decorre do fato do grupo criminoso ter utilizado 03 RGs diferentes com os dados de uma beneficiária falecida, alterando apenas as fotografias dos RGs.
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