Juiz condena a prisão homens que fizeram prefeito Heli como refém

O Juiz da Vara Única da Comarca de Simplício Mendes, Daniel Gonçalves Gondim, em decisão do dia 22 de agosto, condenou à prisão Gilvan Cordeiro Soares Júnior e Elisvan Paixão de Macedo, por fazerem de refém, roubarem e amarrarem o prefeito de Simplício Mendes, Heli de Araújo Moura Fé, mais conhecido como Dr. Heli, e a sua família no dia 5 de outubro de 2016.

Gilvan foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão em regime fechado e Elisvan Macedo foi condenado a 15 anos e 4 meses em regime fechado, pelos crimes de roubo praticado em circunstâncias gravíssimas, concurso de pessoas, uso de arma de fogo e restrição da liberdade de 04 pessoas.

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• Foto: DivulgaçãoPrefeito Dr. Heli

Na decisão o juiz afirmou que “a frieza com o qual os acusados conduziram as vítimas para um ramal (estrada vicinal), amarrando as mesmas com as próprias vestimentas, não fugiu aos olhos deste magistrado. Chama a minha atenção também o tempo de duração da conduta, a qual provocou pavor as vítimas. Por fim, em poucas horas do assalto, os acusados já se encontravam no estado do Pernambuco para comercializar o veículo, o que demonstra o grau de profissionalismo da equipe criminosa”.

Daniel Gonçalves Gondim ainda negou a possibilidade dos acusados recorreram à sentença em liberdade, “pois passaram todo o processo presos, não me parecendo recomendável, nem conveniente, para a garantia da aplicação da lei penal, soltá-los neste momento, quando se tem contra si sentenças”.

O crime

O prefeito de Simplício Mendes, Dr. Heli , viajava acompanhado de sua esposa, Maria de Céo Damasceno Moura Fé, e sua filha, Janine Damasceno Moura Fé, em uma caminhonete Toyota Hilux conduzida pelo motorista da família, Luiz Gonzaga Alves de Moura, quando um veículo Ranger, cor prata, emparelhou os veículos.

Elisvan de Macedo, que estava no veículo Ranger, vinha no banco do passageiro, apontou a arma de fogo que trazia consigo na direção das vítimas, determinando que encostassem o carro. O motorista Luiz Gonzaga Alves de Moura obedeceu ao comando e estacionou a Hilux.

Elisvan desceu do carro com a arma em punho, ameaçando as vítimas, oportunidade em que entrou e sentou no banco de trás, onde estavam as vítimas Heli de Araújo Moura Fé e Janine Damascendo Moura Fé, determinando que o motorista seguisse a Ranger, conduzida por Gilvan.

As vítimas seguiram a Ranger por aproximadamente 10km, sendo que no percurso, o Elisvan, perguntou a profissão da vítima Heli de Araújo Moura Fé, o qual respondeu ser médico, assim como se o veículo possuía rastreador e se havia policial entre os presentes, obtendo resposta negativa para ambas as indagações. Logo depois o veículo foi levado pelos bandidos e as vítimas foram deixadas amarradas próximas a uma rodovia.