Servidores públicos municipais de Picos realizaram na manhã desta segunda-feira, 5, uma manifestação de protesto contra o Governo do prefeito, Padre José Walmir de Lima (PT). Após percorrerem as ruas centrais da cidade, os trabalhadores encerraram a caminhada com um ato em frente ao Palácio Coelho Rodrigues, sede da Prefeitura.
No momento do protesto, Padre Walmir (PT) não se encontrava na sede da Prefeitura. Também estava ausente o Procurador Geral do Município, Maycon Luz. Por isso, os servidores decidiram marcar uma nova paralisação para a próxima quarta-feira, 14 de junho, véspera do feriado de Corpus Christi.
Manifestação
Os servidores se concentraram a partir das 7h30 na praça Félix Pacheco e de lá, portando faixas, cartazes e com apoio de um carro de som, iniciaram uma caminhada pelas ruas centrais da cidade, com uma parada próximo a secretaria municipal de Saúde. O encerramento foi com um ato público em frente à Prefeitura, onde os líderes se revezaram ao microfone.
Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm), Edna Moura, a manifestação foi positiva, pois apesar das ameaças de corte do ponto, os trabalhadores aderiram ao movimento.
“Os trabalhadores não se intimidaram e saíram daqui com o propósito de convencimento da categoria de que é preciso a gente reagir contra as medidas adotadas pela administração municipal. Na próxima quinta-feira vamos à sessão na Câmara de Vereadores e no dia 14 de junho tem outra paralisação de 24 horas” – anunciou a sindicalista.
Dentre os motivos apresentados para a paralisação, estão reajuste salarial de 6,58% considerado baixo pelos servidores, atrasos constantes no pagamento do salário do pessoal da Saúde, retenção do imposto sindical pelo município, proposta de criação de Fundo de Investimento Imobiliário e não realização de eleições diretas para diretor de escola.
Outro lado
Argumentando que a paralisação é ilegal e injustificável, o prefeito Padre Walmir (PT) determinou aos secretários municipais que cortassem o ponto dos trabalhadores que aderissem ao movimento e faltassem ao serviço.
O Procurador Geral do Município, Maycon Luz, reafirmou que os motivos alegados pelos servidores para paralisarem as atividades não se justificam. Por isso, segundo ele, a determinação do prefeito é que o ponto daqueles que não trabalharam hoje seja cortado e, consequentemente, o valor equivalente descontado no salário.
Ver todos os comentários | 0 |