Manifestações contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer estão acontecendo por todo o país e em Teresina não é diferente. Vários movimentos sindicais estão reunidos na Praça Rio Branco, no centro de Teresina, protestando contra as reformas trabalhista, previdenciária e lei da terceirização.
Várias categorias confirmaram ao GP1 a adesão ao movimento, organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. Quem precisar hoje de serviços de transporte público, bancários, comerciários e do sistema prisional, não vai conseguir. A educação também parou, tanto no setor básico quanto superior.
As visitas estão proibidas na Casa de Custódia durante esta sexta devido a paralisação das atividades dos agentes penitenciários. Representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) também estão acompanhando as manifestações no centro da cidade, segundo informações repassadas pelo vice-presidente do Sindicato, Kleiton Holanda.
Um ato também está sendo realizado na entrada principal da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), bloqueando o acesso aos centros. De acordo com o presidente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Frasuba), André Gonçalves, os únicos setores que continuam funcionando são o Hospital Universitário e o Veterinário. “Eles são considerados essenciais e ambos estão funcionando abertos à comunidade que procura esse serviço, os demais setores estão paralisados”, explicou.
A estudante de arquitetura Brenda Mendes, presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufpi, disse que passou o período anterior à Greve conversando com as demais centrais sobre como seriam realizadas as manifestações. “A gente considera essencial para poder fazer com que os estudantes possam ir para a rua. Se a gente conseguisse fechar a universidade, os alunos não teriam aulas, não teriam provas e teriam menos problemas para conseguir participar da greve geral, não só os estudantes, como os professores e os técnicos”, afirmou.
Para o professor Jurandir, presidente da Associação dos docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) é importante que a população vá para a rua para demonstrar a insatisfação com os atos do governo federal. “A gente entende que o objetivo só vai ser atingido se a sociedade toda for para a rua até expulsar esse governo de onde ele está e está de forma ilegítima”, contou ao GP1. A partir das 10h30, eles devem se unir aos manifestantes no Centro de Teresina.
No Centro, centenas de pessoas se reunirão e saíram em marcha, da praça Rio Branco à Praça da Liberdade, no balão da Igreja São Benedito. A vice-presidente nacional da Central única dos Trabalhadores (CUT), Carmem Foro, esteve em Teresina e participou do ato. “Estamos vendo o desmonte do estado brasileiro, a retirada de direitos dos trabalhadores. A greve geral tem total sentido, porque o instrumento que os trabalhadores têm é cruzar os braços. É importante que nesse momento se tenha unidade na classe trabalhadora para derrotar as reformas e por eleições diretas”, declarou.
Os trabalhadores dos Correios também deram peso à manifestação. Edilson Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-PI), ressaltou a importância da unidade entre a classe. “Estamos juntos diante de um grande retrocesso, que é o governo golpista de Temer. A categoria dos Correios tem sido diretamente afetada e, indignados, estamos reunidos nessa grande Greve Geral”, destacou.
A presidente da Associação de Docentes da Universidade Estadual do Piauí (ADCESP), Lina Santana, informou que a Uespi está parada em todo o estado. “Estamos parando da mesma forma que paramos no dia 28 do Brasil, a Uespi está completamente parada. Entendemos a importância dessa paralisação, pois estamos defendendo não somente nossos direitos enquanto docentes, mas os de todos os trabalhadores”, finalizou.
O grande ato terminou por volta de meio-dia, e grande parte das pessoas continuou concentrada na Praça da Liberdade.
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