Embora a coordenação do movimento não queira admitir, mas a manifestação de protesto realizada na manhã de ontem, 28, em Picos, desbambou em alguns momentos para o vandalismo. Lojas de estabelecimentos comerciais tiveram portas danificadas e funcionários e proprietários relataram momentos de tensão com ameaças de homens armados com foices.
O caso mais grave foi regiustrado na Loja Baby Kit, especializada na venda de produtos infantis e que fica situada na praça Félix Pacheco, centro. Lá, os manifestantes quebraram os vidros da porta central e, sob ameaça, obrigaram o estabelecimento a fechar, mesmo contra a vontade dos proprietários.
A estudante Laís Carvalho, filha da gerente da loja contou em detalhes como tudo ocorreu. Segundo ela, em nenhum momento a Baby Kit interviu no protesto e, tanto os proprietários como os funcionários foram pegos de surpresa com a ação de um grupo de pessoas que participavam da manifestação.
“Estávamos todos recuados e em nenhum momento a gente falou nada! A princípio, eles chegaram gritando, dizendo para fechar e quando percebemos já estavam com ferros batendo e mandando fechar os portões sem nosso consentimento. De repente escutamos foi o estrondo, quando quebraram os vidros da loja” – contou Laís Carvalho.
Segundo Laís Carvalho, isso é uma forma totalmente errada de se protestar. “Aliás, não foi protesto, foi vandalismo mesmo! Acho que todos têm o direito de reivindicar, de cobrar e no cenário político temos que correr atrás dos nossos direitos, mas, de forma pacífica, além de respeitar o direito dos outros” – ensinou.
A estudante ressalta ainda que foram momentos de tensão e medo vividos pelos funcionários, que chegaram a temer por algo mais sério. “Eles quebraram o vidro da loja com pessoas próximas que poderiam ter se ferido. Isso é muito grave e nós vamos buscar os nossos direitos” – anunciou Laís Carvalho.
Outros casos
Não foi apenas a Baby Kit que foi alvo da raiva dos manifestantes, outros estabelecimentos comerciais também sofreram danos. É o caso da BlossomVille, localizada na avenida Getúlio Vargas, que teve o portão danificado e foi obrigada pelos manifestantes a fechar. Uma agência bancária teve a vidraçaria da frente pichada.
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