O Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi), José Roberto, descartou que a morte do detento, Ítalo Messias Araújo Carvalho, tenha relações com facções a nível nacional.O preso foi encontrado pendurado, com hematomas pelo corpo na madrugada desta sexta-feira (03).
Em entrevista concedida ao GP1, José Roberto afirma que embora a investigação não tenha sido concluída, a morte do detento não foi suicídio e o motivo é um possível acerto de contas, já que Ítalo cumpria pena por tráfico de drogas. “Encontraram o Ítalo pendurado na grade da cela, no corpo havia muitas escoriações e hematomas como se tivesse acontecido uma briga antes, então não houve enforcamento, foi um assassinato, os presos maquiam, colocam o corpo pendurado para se crer em um suicídio. Então colocar essa morte como resultado de briga entre facções de níveis nacionais, facções essas como PCC, FDN, isso está fora de cogitação”, explicou.
- Foto: Lucas Dias/ GP1Zé Roberto, presidente do Sinpoljuspi
Ainda segundo o presidente, os problemas na Casa de Custodia são vários, entre eles, a superlotação do presídio que acaba aumentando a rivalidade entre os presos. "O que ocorre na Casa de Custodia diariamente são brigas, lá virou um matadouro humano. Muito deles foram presos por tráfico de drogas e são de alguma gangue da cidade e na prisão, com um ambiente superlotado, acaba ocorrendo o acerto de contas. Tem gangue do São Pedro, Promorar, Dirceu entre outras", finalizou.
Atualmente, a Casa de Custódia de Teresina tem cerca de 1.222 detentos, mas possui capacidade para apenas 330.
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