O juiz Luiz de Moura Correia, da Central de Inquéritos de Teresina, revogou a prisão preventiva de Feliciano Mendes de Sousa Filho, ex-gerente da Servi-San preso em dezembro suspeito de participar do roubo milionário à empresa. De acordo com a decisão, o funcionário passa a usar tornozeleira eletrônica.
Feliciano Mendes foi autuado pelo crime de extorsão mediante sequestro e organização criminosa, com a determinação do magistrado, ele ganhou o direito de esperar a conclusão do inquérito em liberdade. As investigações estão sendo coordenadas pelo delegado Genival Villela, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). “Ele foi posto em liberdade, mas o inquérito continua, estamos trabalhando para identificar todos os envolvidos na ação”, disse o delegado.
- Foto: Divulgação/Secretaria de SegurançaFeliciano Mendes Sousa Filho
O ex-gerente foi preso em flagrante no dia seguinte ao roubo, imagens de câmeras de monitoramento de uma escola comprovaram que Feliciano não foi sequestrado na ação, como disse à polícia, na verdade ele foi espontaneamente ao veículo dos criminosos. Após apresentar três versões diferentes sobre o fato, Feliciano teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva durante audiência de custódia.
O pedido de liberdade provisória foi feito pelo Ministério Público, alegando que não haviam provas suficientes da culpa e são necessárias diligências “para formar melhor seu conhecimento”. Pelos bons antecedentes criminais de Feliciano e residência fixa, o juiz Luiz Moura decidiu revogar a prisão preventiva e aplicar medidas cautelares ao acusado. Assim, o ex-gerente ficou proibido de frequentar bares, boates e similares, deve recolher-se à sua residência até as 22h, além do monitoramento eletrônico. A decisão é do dia 03 de fevereiro.
Relembre o caso
Uma organização criminosa roubou cerca de R$ 15 milhões da empresa Servi-San na madrugada do dia 11 de dezembro de 2016. O chefe de segurança da empresa foi feito refém junto com familiares dentro da própria casa, em seguida foi sequestrado e obrigado a abrir o cofre junto com o gerente Feliciano.
Os bandidos encapuzados renderam também os funcionários que estavam no interior do prédio. Horas após o crime, a polícia descobriu que o gerente havia facilitado a ação dos criminosos e realizou a prisão do mesmo.
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