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Teresina - Piauí

Aluna que agrediu diretora é internada no Areolino de Abreu

O GP1 conversou com a mãe da menina, a senhora Raimunda Nonata da Silva, que explicou que a filha sofre da Síndrome de Borderline e tem tendência suicida.

A adolescente de 16 anos que agrediu a professora Marilena Maria Teixeira Silva, diretora da Unidade Escolar Firmina Sobreira, nessa quarta-feira (06), foi internada hoje (08) no hospital psiquiátrico Areolino de Abreu. O GP1 conversou com a mãe da menina, a senhora Raimunda Nonata da Silva, que explicou que a filha sofre da Síndrome de Borderline e tem tendência suicida.

  • Foto: Google Unidade Escolar Firmina SobreiraUnidade Escolar Firmina Sobreira

Raimunda Nonata informou que, após reunião com representantes da Secretaria de Educação do Piauí, ficou decidido que a adolescente estudará em outra unidade escolar no próximo ano. “Eu prefiro que ela seja transferida. Agora ela está internada no Areolino de Abreu sem previsão para ser liberada. Saímos do CREAS [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] para vir aqui falar com um psiquiatra especialista em suicídio, que achou melhor ela ficar internada. No CREAS perguntaram se eu queria mantê-la na mesma escola e eu disse que preferia que ela fosse transferida”, afirmou.


A mãe falou que a garota foi diagnosticada com os transtornos mentais em 2015 e, desde então, faz tratamento no CAPS [Centro de Atenção Psicossocial] Infantil, com uso de remédios. “No tratamento, as consultas são demoradas e, às vezes, falta medicação, tem a burocracia. Às vezes, medicada, ela entra em crise e sem medicação as crises são mais frequentes”, declarou.

A agressão

Segundo Raimunda Nonata, a adolescente estava apresentando sinais de agressividade há alguns dias e havia tentado contra a própria vida recentemente. “As crises estavam muito frequentes, a consulta dela estava marcada para hoje, mas fui no CAPS e pedi para adiantar. Colocaram para o dia 30 [de novembro] e lá mesmo ela tomou medicação, pois estava muito alterada”, colocou.

A mãe da menina afirmou que a diretora Marilena Teixeira havia destratado a estudante anteriormente. “Antes já estava havendo agressões verbais por parte da diretora, ela vinha guardando aquilo e só juntou, tanto que ela excluiu somente minha filha de fazer uma prova. A mente dela é muito confusa, ela se sentiu excluída”, alegou.

Raimunda Nonata contou que não queria deixar que a filha fosse para a escola, por conta da falta do fardamento completo. “Minha filha tem o fardamento, mas estava sem lavar e não tive tempo de lavar. Ela nem ia fazer a prova, mas disse que tinha gente que ia de calça jeans e eu deixei ir, mas infelizmente ela [a diretora] excluiu só minha filha e no vídeo mostra outras meninas de calça jeans”, revelou.

Por fim, a mãe falou que a garota se encontra muito abalada, por conta da repercussão do caso. “Estamos na luta, com ela é vigilância 24 horas. Queremos que as pessoas parem com esses comentários, ela está muito mal com pessoas falando de coisas que não sabem, porque falam do que viram no vídeo”, pontuou.

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