Familiares das jovens Iarla Lima e Camilla Abreu e Tiara Pereira, assassinadas pelos namorados e ex-marido, realizaram uma manifestação em frente ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Estado, em Teresina, pedindo justiça.
Iarla foi morta pelo ex-oficial do Exército, José Ricardo da Silva Neto, em junho deste ano. Camilla foi assassinada pelo capitão da PM, Allisson Wattson, no final de outubro. Já Tiara foi morta pelo ex-marido José Laerte de Carvalho Alves, em fevereiro de 2015.
A delegada da Mulher, Vilma Alves, participou do ato e falou do crime contra Camilla Abreu: “Essa jovem foi tratada como lixo, ela foi arrastada, jogada no mato, sem nenhum valor, cadê o sentimento desse monstro? Nós estamos aqui exigindo que a farda seja retirada, que ele seja julgado pela 1ª Vara Criminal, sentenciado, na forma da lei, e que vá para a Casa de Custódia, como preso comum, sem nenhuma regalia”, disparou.
“Aqui é a força da mulher, estamos unidas pela mesma dor e não vamos mais admitir que nossas jovens sejam mortas da forma como estão sendo”, afirmou a delegada.
Jean Carlos Rodrigues, pai de Camilla Abreu, disse que acredita na expulsão de Allisson: “Eu não acredito que o governador Wellington Dias, que o Comando Geral da Polícia vão fazer isso, ir contra a sociedade, contra toda a população que luta contra o feminicídio. Eu acredito no governador, que ele vai expulsar ele [Allisson Wattson] da polícia e vai ser condenado pela justiça comum”, declarou.
Maria do Céu Pereira do Nascimento, mãe de Tiara, contou como a filha foi morta: “A gente estava vendendo espetinho quando ele chegou dando uns tiros na minha filha. Ele deu quatro tiros. Ela morreu oito dias depois”, lembrou.
“Tenho a foto [do assassino]. Ele é filho de policial. O nome dele é Francisco Laerte e o pai dele é conhecido como Alves. A última audiência foi no dia 18 de setembro, mas não sei de nada. O que o pessoal diz é que ele nunca foi preso porque eu não tenho dinheiro, que se eu tivesse dinheiro há muito tempo ele já estaria preso. Ele anda por aí, nunca aconteceu nada”, criticou Maria do Céu que completou: “Eu não quero vingança, eu quero justiça”.
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