Polícia Civil investiga mãe após morte de bebê em Teresina

A Polícia Civil do Piauí está investigando a morte de um recém-nascido no último domingo (26). O bebê, do sexo feminino, nasceu no município de União e morreu no Hospital do Buenos Aires em Teresina. A mãe, identificada como Onesina Oliveira Cunha Neta, é investigada por suposta negligência, que pode ter culminado com o óbito da criança.

• Foto: Brunno Suênio/GP1Hospital do Buenos Aires

O GP1 entrevistou o delegado Ferdinando Martins, responsável pela investigação, que apresentou detalhes já apurados. Ele contou que a moça deu à luz ao bebê em casa e se dirigiu ao hospital local após apresentar complicações. Segundo o delegado, a médica que atendeu mãe e filha percebeu a delicadeza do caso e solicitou a transferência das duas para o Hospital do Buenos Aires, onde a criança morreu, por causas ainda desconhecidas.

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“Segundo depoimentos, ela estava grávida e ninguém sabia a idade gestacional porque nunca havia feito exames de pré-natal. A criança faleceu na capital depois de ser atendida em União, porque a médica percebeu que a mãe chegou lá de forma displicente e que a criança estava com situação delicada. A médica reanimou [o bebê] e pediu remoção urgente para Teresina. Chegando na maternidade ela faleceu”, declarou o delegado.

Ainda de acordo com depoimentos colhidos pelo delegado, a mãe da criança tentava esconder a gravidez. “O que chama atenção é o fato de a mãe não ter demonstrado preocupação e ter tentado esconder a gravidez. Ela teve a criança em casa, sem acompanhamento, e buscou ajuda de uma amiga. Essa amiga foi identificada e vamos colher o seu depoimento”, afirmou.

O delegado explicou que Onesina pode responder por negligência. “É prematuro fazer qualquer juízo de valor sobre a conduta dela. A negligência dela ela assume o risco, mas vamos verificar a circunstância do estado psicológico, porque ela ficou internada, talvez por esse parto em situação precária. Ela está omitindo muita coisa, por isso precisamos ouvir os pais e as amigas”, relatou.

Segundo Ferdinando Martins, descobrir a paternidade da criança pode ajudar a elucidar o caso. “Não tomei conhecimento da paternidade, até gostaria de saber, porque ajuda nas investigações”, finalizou.