Para protestar contra o atraso dos salários, dezenas de agentes comunitários de saúde acamparam no pátio da Prefeitura de Picos na manhã desta terça-feira, 21. Durante a manifestação, os trabalhadores cantaram, dançaram, gritaram palavras de ordem e afirmaram que só deixariam o local com a garantia do pagamento do mês de outubro.
“Estamos hoje aqui na Prefeitura de Picos para cobrar a regularização do nosso pagamento! Todos os meses o Ministério da Saúde manda o pagamento dos agentes, mas tem que haver a complementação por parte da administração, que sempre atrasa” – informou a presidente da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde, Eva Evangelista Leal Moura.
Segundo ela, nem sempre o município faz a complementação após a chegada do repasse federal. “Agora nesse mês o Ministério da Saúde fez o repasse no último dia 9 referente ao nosso pagamento de outubro. Porém, hoje já são 21 de novembro e até o momento não recebemos nosso salário” – denunciou a sindicalista.
Eva Evangelista ressaltou ainda que a situação é difícil, pois fica um jogo de empurra na administração municipal. Os agentes procuram a Secretaria de Saúde e esta informa que a folha de pagamento está na Prefeitura. Eles se deslocam para a Prefeitura e são informados que a folha já está na Secretaria de Saúde e, nesse vai e vem o pagamento não é efetuado, aumentando o sofrimento da categoria.
Em Picos existem 180 agentes comunitários de Saúde e, segundo Eva Evangelista, a maioria deles não tem outra renda e sobrevive apenas com o salário mensal como servidor público. Por isso, por causa dos atrasos, a situação de muitos deles é extremamente crítica.
Para Eva Evangelista, o problema é ocasionado por falta de organização, de planejamento, porque todo o órgão sabe a quantidade de funcionários que tem. Portanto, entende ela, o pagamento do servidor tem que ser prioridade.
Esta não é a primeira vez que os agentes comunitários de Saúde de Picos protestam contra o atraso no pagamento dos salários. Eles já se manifestaram em frente à sede da Secretaria Municipal de Saúde e, em mais de uma oportunidade acamparam no pátio do Palácio Coelho Rodrigues. No entanto, até o momento não tiveram as reivindicações atendidas pela administração.
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