O presidente da Associação Industrial do Piauí (AIP), Gilberto Pedrosa, fez um desabafo depois da aprovação - na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) - do relatório sobre o projeto que aumenta alíquotas de impostos do ICMS no Estado. Ele afirmou que o desequilíbrio financeiro local é fruto da má gestão dos recursos públicos e sugeriu que o Governo corte na própria carne, ao invés de jogar nas costas da sociedade, a conta gerada pelos erros do Executivo.
“Não nos conformamos com a posição do Governo de querer jogar nas costas do povo seu problema de desequilíbrio de caixa. Toda vez que houver um problema desses, o Governo vai jogar para Assembleia propondo aumentar os impostos. Não é correto colocar para cima do povo o seu desequilíbrio de caixa. Esse é um problema de gestão, o governo tem que fazer como nós em nossas empresas: diminuir os gastos para se adaptar ao seu caixa e não jogar na conta do povo”, desabafou Pedrosa.
- Foto: Lucas Dias/GP1Gilberto Pedrosa
O presidente da AIP seguiu criticando a aprovação do Projeto. “Nós já nos manifestamos em todas as oportunidades, desde que identificamos que havia jabutis no bojo desse projeto de Lei. Na verdade em julho, já teve o aumento de impostos para gasolina, para energia elétrica, para todos esses itens que o governo está propondo novamente elevar. Isso é um absurdo”, frisou Gilberto.
A aprovação
O Projeto foi aprovado por quatro votos a dois pelos membros da CCJ na manhã desta quinta-feira (26) na Assembleia. Na oportunidade, em alguns momentos, houve discussões com tons mais elevados, o que não impediu a votação da matéria.
A proposta tinha começado a ser apreciada na terça-feira (24), mas a sessão teve que ser suspensa depois de uma série de agressões verbais, sobretudo, entre os deputados estaduais, Robert Rios Magalhães – que é líder da oposição na Alepi – e Evaldo Gomes – que preside a CCJ.
A projeto propõe que seja acrescido um aumento de 30% no setor da comunicação e de 31% nos combustíveis. A matéria seguirá agora para debate da Comissão de Finanças já na próxima semana. Se o texto for aprovado, seguirá para votação em plenário.
Ver todos os comentários | 0 |