Por falta de pagamento, mais de 50 unidades de saúde do Piauí não irão mais atender segurados dos planos de saúde do Governo do Estado, o Plano Médico de Assistência e Tratamento (PLAMTA), e da Prefeitura de Teresina, do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina (IPMT). Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (SINDHOSPI), Jefferson Clerke Lopes Campelo, informou que a decisão acontece após algumas unidades de saúde ficarem até quatro meses sem receberem os pagamentos.
Os débitos já somam mais de R$ 15 milhões e agora a paralisação dos atendimentos será iniciada na terça-feira (10). Jefferson Campelo explica que tentou de diversas formas evitar que isso acontecesse e que chegou a ser estendido um prazo para a realização dos pagamentos, mas que as unidades não podem continuar realizando consultas, exames, cirurgias e internações, sem receberem.
- Foto: Lucas Dias/GP1Hospital Getúlio Vargas
“Veja bem, isso já tem um bom tempo. No ano passado o sindicato fechou um acordo para fazer um cronograma de pagamento. Esse cronograma não tem sido atendido, então eles estão com atrasos, onde não pagaram o mês de setembro para alguns ou o mês de outubro para outros, então a gente está tomando essa posição. Não tem condições de suportar uma demora tão grande para fazer o pagamento. Sem contar que não tem reajuste, não tem nada, e ainda não dá o pagamento. O IPMT do mesmo jeito. Fechou conosco a tabela. Não cumpriram a tabela. Demos um prazo. Não honraram o compromisso e simplesmente fica por isso mesmo. Lá cumprimos uma tabela de muitos anos atrás, então a única alternativa é mesmo parar”, disse.
Os dois planos de saúde são para funcionários públicos estaduais e municipais de Teresina e têm pelo menos 200 mil usuários. Essa suspensão dos atendimentos, somente deve atingir consultas, exames e cirurgias eletivas, ficando de fora as urgências e procedimentos em curso, como, por exemplo, pessoas em pós-operatório.
Jefferson Campelo explica que a decisão ocorre porque a categoria chegou ao seu limite. “Tivemos todo um cuidado e zelo de nos reportar a eles, todos os canais para que a gente não precisasse chegar ao extremo né. Fizemos tudo isso. Através de ofícios e reuniões, fizemos tudo”, afirmou.
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