O prefeito de Bom Jesus, Marcos Antonio Parente Elvas Coelho está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado do Piauí por realizar contratos que beneficiaram familiares durante sua gestão 2013-2016. A portaria para abertura do inquérito civil público foi assinada pelo promotor Jorge Luiz da Costa Pessoa e publicada no Diário Oficial de Justiça, nessa quarta-feira (25).
A denúncia da suposta irregularidade foi feita pelo ex-vereador Wênio Alves dos Santos. O relato é de “supostas irregularidades na contratação de prestação de serviços, em que um dos beneficiários, ainda que indiretamente, seriam parentes do Prefeito ou de seu Secretariado, durante a gestão administrativa correspondente a 2013 a 2016”.
- Foto: Facebook/Marcos Elvas
Marcos Elvas
Uma das empresas é a Transpiauí Pretóleo LTDA (Posto Bandeirante), que tem como sócia-administradora uma prima do Prefeito, Cinobelina Maria Elvas Barjud Oliveira. De acordo com o vereador, o irmão de Cinobelina, José Lustosa Elvas, era assessor especial de Marcos Elvas em 2013, em seguida foi diretor especial de relação governamental em Bom Jesus até o ano de 2015.
O promotor considerou que o fato relatado na denúncia “é muito amplo o que dificulta a apuração dos fatos investigados”, por isso, “para melhor apuração e elucidação se faz necessária a instauração de Inquéritos Civis específicos”.
Marcos Elvas foi eleito prefeito de Bom Jesus em 2012 e reeleito para o mandato 2017/2020. Após a reeleição do prefeito, três suplentes de vereadores denunciaram um esquema de fraude onde houveram supostas candidaturas fictícias, entre elas a do presidente do DEM no município, Josué Parente Lustosa Elvas, pai do atual presidente da Câmara Municipal de Bom Jesus, Nestor Elvas. A maioria das pessoas citadas no suposto esquema são parentes do prefeito Marcos Elvas.
De acordo com o ex-vereador Wênio Alves, autor da denúncia, desde que assumiu a prefeitura de Bom Jesus, o prefeito Marcos Elvas “sempre dá um jeito de empregar toda a família dele, seja em secretarias, contratando empresas ou outros cargos comissionados”.
Outro lado
Procurado pelo GP1, o prefeito Marcos Elvas não foi localizado para comentar o caso.
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