A Polícia Militar do Piauí, por meio da coordenadora do Gerenciamento de Crise da PM, tenente-coronel Júlia Beatriz comentou sobre a manifestação que ocorreu desta segunda-feira (09), em Teresina, contra o aumento da tarifa de ônibus, resultando em um dos novos ônibus com ar-condicionado, queimado. O ato foi realizado na Avenida Frei Serafim por estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade Estadual do Piauí (Uespi).
Segundo Júlia Beatriz, que estava comandando o acompanhamento dos policiais no protesto, houve um descontrole por parte dos manifestantes.“A manifestação ia transcorrendo de forma normal, tudo pacífico, não muito organizado mas pacífico, até acontecer aquele descontrole, então um descontrole daquele acontecendo não tem como a gente permitir que a coisa fique da mesma forma que vinha acontecendo. Inclusive, a gente percebe que alguns vão para lá para se aproveitar da situação, porque quem está manifestando não precisa cobrir rosto”, afirmou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Coronel Julia
Em relação às críticas que a polícia recebeu por fazer o seu trabalho, a tenente-coronel ressaltou que a missão da corporação é proteger todos. “A polícia está ali para que a manifestação aconteça de forma pacífica, tentando pelo menos garantir o direito de todo mundo, tanto deles de se manifestar, como o das pessoas que estão ali como plateia”, enfatizou.
Alguns manifestantes relataram que houve balas de borracha disparadas pela polícia. “Isso aí eu não posso te dizer, nem como, nem se teve, nem que horas foi, porque como houve uma dispersão, a gente fica sem controle tanto de quem está manifestando como do nosso próprio pessoal, então tudo está sendo apurado para que seja responsabilizado se realmente tiver acontecido”, justificou. Um relatório será encaminhado para a Corregedoria sobre o caso, para que sejam tomadas as devidas providências.
Sobre a possibilidade de novos protestos semelhantes, Júlia Beatriz destacou que a PM vai continuar fazendo seu trabalho. “Vamos continuar acompanhando as manifestações e o tom vai ser dado de acordo com o que eles fizerem, se a manifestação, que é um direito legal e constitucional, for pacífica, vai continuar sendo pacífica, sem nenhum problema”, finalizou.
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