Um terceiro sargento da Polícia Militar do Maranhão foi preso no último dia 26 de Julho, suspeito de crime de estupro de vulnerável contra a própria filha de 25 anos, que é deficiente, na cidade de Timon.
De acordo com a delegada Ingrid Albuquerque, o policial foi identificado como Arão Rosa de Sousa, 54 anos. “A gente teve um disque denúncia, o disque 100, no final de 2015, que foi enviado à Delegacia da Mulher de Timon. Então a Polícia Civil, juntamente com o Ministério Público, iniciou as investigações para averiguar a autoria e materialidade do crime de estupro de vulnerável” contou.
Durante as investigações, foi solicitada a prisão temporária de 30 dias para a produção de provas. “Por ele ser policial, as testemunhas estavam com medo. Já existia queixa por parte dessa deficiente para as pessoas do convívio dela, que havia esse abuso por parte do pai. Ela engravidou, tem uma criança hoje de 1 ano e 3 meses. A gente colheu o material genético para saber se ele é o pai da criança dela, mas existem outras provas que denotam a participação dele, por isso ele foi indiciado “explicou.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Delegada Ingrid Albuquerque
O exame solicitado para comprovar ou não a paternidade da criança foi colhido na semana passada e encaminhado ao Instituto de Criminalística, em São Luís. “Os abusos sexuais já ocorreram, se ele é o pai...? Se não for, ela está sendo abusado por mais de uma pessoa, então nós vamos atrás do outro autor, pois já seria um segundo crime”, acrescentou.
Ainda de acordo com a delegada Ingrid Albuquerque, todo o inquérito foi baseado em provas testemunhais, de pessoas que conviviam com ela. “Será feito o depoimento sem dano na Justiça, pois ela (vítima) tem muita dificuldade de fala”, ressaltou.
A prisão do terceiro sargento foi decretada pelo Juiz José Elismar Marques, da 3ª Vara Criminal, e cumprida pelo comando do 11º batalhão de Timon, onde permanece recluso. O suspeito poderá cumprir pena de 8 a 15 anos por estupro de vulnerável.
Comandante do 11º Batalhão
De acordo com o comandante do 11º batalhão, tenente-coronel Jairo Xavier, a Polícia Militar do Maranhão vai aguardar o posicionamento do Ministério Público, que poderá oferecer ou não a denúncia à Justiça.
“Por se tratar de um policial militar nós temos que aguardar um fecho dessa investigação para que, enfim, saibamos se vai haver realmente a denúncia à Justiça e, posteriormente, o resultado do julgamento. Em havendo a culpabilidade provada, logicamente, esse policial será submetido a procedimentos administrativos disciplinares. Dependendo do quantum da pena, ela já vem explicitando a perda de função pública. No caso, o Processo Administrativo Disciplinar seria apenas um instrumento para embasar a decisão do Governo do Estado de excluí-lo das fileiras da polícia, consequentemente, enviar ao Tribunal de Justiça, a quem compete julgar a perda da graduação das praças. Então ele por ser graduado esse processo ainda teria que passar pelo Tribunal de Justiça”, concluiu.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Tenente-coronel Jairo Xavier
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