O professor substituto de filosofia, Ramon Lima, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina - ficou trancado na sala da diretoria do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), na tarde desta quarta-feira (07), por volta das 14h, após protestos de alunos do Movimento Ocupa Ufpi. A Polícia Federal foi acionada para conter os estudantes e após escolta, o professor conseguiu sair da sala e recebeu cuspidas de alguns alunos.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Professor se tranca em sala após protesto de alunos na Universidade Federal
Segundo uma aluna do Ocupa Ufpi, que não quis se identificar, o professor teria agredido verbalmente alunos na sala de aula. “Além do abuso verbal dentro da sala de aula e de ser um professor que não consegue escutar e dialogar, e ser super arrogante, aconteceu vários casos de racismo, lgbtfobia, dele xingar pessoas e outras coisas. Fora que ele faz parte do Movimento Endireita Ufpi”, afirmou.
Em uma das publicações no perfil do professor, ele faz referência a uma palestra realizada pelo Ocupa Ufpi e afirma que as participantes “são putas demais para serem policiais”. Veja a publicação abaixo:
- Foto: Facebook/Ramon LimaPublicação seria um dos motivos para manifestação dos estudantes
A vice-presidente do Movimento Endireita Ufpi, a aluna de Pedagogia Ticiane Carvalho, ressaltou que as acusações não procedem. “O que aconteceu foi que o professor fez um post no dia 24 de novembro no Facebook dele, dando opinião dele sobre determinado assunto e o pessoal se incomodou, está fazendo essa retaliação e até inventando coisas a mais que ele tenha feito. Não existe racismo ou preconceito, pelo contrário, ele é sempre muito educado e solícito”, destacou.
No Facebook, o professor publicou um pequeno texto afirmando que esse ato trata-se de um crime premeditado e anunciado. “Além da campanha difamatória (crime 1), agora estão planejando impedir o exercício de minha atividade profissional e me constranger em meu local de trabalho (crime 2). Vamos acumulando”, declarou. O delegado Fernando, da Polícia Federal, disse que ainda não pode dizer quais as medidas serão adotadas, mas que o professor está bem e com muito medo.
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