Durante coletiva de imprensa no início da tarde desta sexta-feira (16), o delegado Gustavo Jung, responsável pela investigação do assassinato de Claudemir Sousa, morto a tiros no último dia 6 de dezembro, na zona sul da capital, deu detalhes sobre a participação de cada um dos envolvidos no crime. No total, nove pessoas foram indiciadas no inquérito.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Gustavo Jung
No início da tarde de hoje (16), Maria Ocionira Barbosa de Sousa, apontada como coautora do assassinato do policial militar, foi presa dentro do Hospital Areolino de Abreu, onde trabalha.
Veja como atuou cada envolvido:
- Maria Ocionira Barbosa de Sousa: Coautora intelectual, planejou toda a morte de Claudemir. Durante as investigações, ficou constatado que a diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu, Maria Ocionira, era noiva da vítima e mantinha um relacionamento amoroso com Leonardo Ferreira Lima.
- Leonardo Ferreira Lima: Mandante e coautor intelectual, planejou toda a morte do cabo do Bope. O funcionário da Infraero entrou em contato com outros dois envolvidos no homicídio, que deram suporte para a execução.
- José Roberto Leal da Silva, o Beto Jamaica: Agenciador. Teria sido procurado por Leonardo para auxiliar na organização do assassinato. O taxista Beto Jamaica intermediou o contato entre Leonardo e demais envolvidos. Sabia que se tratava da execução de um policial.
- Igor Andrade Sousa, o Gordo: Forneceu o aparato técnico para o homicídio. Responsável por repassar as armas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380, e o veículo utilizado no homicídio, um Uno Vivace de cor azul, roubado.
- Weslley Marlon Silva: Realizou os disparos que atingiram a vítima. Delator da trama criminosa e réu confesso, Weslley tem passagem pela polícia por crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), roubo e homicídio e já cumpriu pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA). Utilizou a pistola 380 no momento do crime, arma que foi encontrada em posse de Leonardo. Estava dentro do veículo esperando o sinal para cometer o homicídio.
- Flávio Meireles, o Boneco: Também realizou os disparos que atingiram Claudemir. Utilizou o revólver calibre 38 no crime. Esperava dentro do Uno, juntamente com Weslley.
- Francisco Luan de Sena: Responsável por seguir o policial militar nos dias que antecederam o assassinato (dias 4, 5 e 6 de dezembro). Estava do lado de fora do veículo utilizado no homicídio.
- Thais Monait Meris de Oliveira: Namorada de Francisco Luan, Thais ficou responsável por seguir Claudemir e por dar o sinal para a execução. No momento do crime, ela estava dentro de uma sorveteria esperando o momento em que o cabo do BOPE sairia da academia.
- Wagner Falcão: Testemunha do caso. Tinha conhecimento prévio do assassinato. Amigo de Leonardo, Wagner sabia do caso entre Maria Ocionira e o funcionário da Infraero, e do relacionamento amoroso da mulher com a vítima.
O crime
Claudemir Sousa foi executado com vários tiros na noite desta terça-feira (6), no bairro Saci. Os bandidos não levaram nada dele, fato que levou a Polícia a acreditar, inicialmente, em uma possível execução. O corpo da vítima foi velado na Paróquia Militar de São Sebastião e enterrado no cemitério Jardim da Ressurreição.
- Foto: Instagram/Claudemir SousaClaudemir Sousa
Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero, que as primeiras investigações indicam que foi o mandate do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Logo mais, um mulher identificada com Taís também foi presa e uma sétima pessoa, identificada como Flávio, totalizando sete, antes da conclusão do inquérito.
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