A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Deccoterc), instaurou inquérito policial para investigar as Lojas de Calçados Paralelas por crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores e sonegação fiscal.
O inquérito foi aberto pelo delegado Josimar de Sousa Brito, no dia 8 de setembro, com base em outra investigação que detectou que, a Loja de Calçados Paralelas, de propriedade do empresário Francisco das Chagas de Alcântara Macedo, possui um débito tributário milionário. A investigação também encontrou irregularidades no fechamento de seis filiais da loja em Teresina, no que diz respeito a não abertura do regular processo de falência.
Ainda consta que, paralelamente ao fechamento das filiais das Lojas de Calçados Paralelas, aconteceu a abertura da PSport Comércio de Mercadorias Esportivas Ltda e as Lojas de Calçados Guape Ltda, empresas que têm como proprietários os filhos de Francisco das Chagas Macêdo e que algumas dessas lojas mantém o nome fantasia “Paralelas”. A investigação ainda detectou que alguns funcionários das Lojas de Calçados Paralelas tiveram alteração na CTPS apenas para mudar o nome do empregador para PSport Comércio de Mercadorias Esportivas Ltda e continuaram trabalhando no mesmo estabelecimento, que tem o nome fantasia Paralelas, como foi o caso do gerente José Airton Aguiar Dias.
Na portaria de abertura do inquérito, o delegado Josimar de Sousa Brito afirmou que os fatos noticiados na investigação anterior, “em tese, revelam indícios suficientes de ocultação ou dissimulação da origem, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores provenientes direta ou indiretamente do proveito da infração de sonegação fiscal”.
Outro lado
Em depoimento a polícia, Francisco das Chagas de Alcântara Macêdo contou que abriu a Loja Paralelas no ano de 1980, na cidade de Fortaleza, e chegou a instalar 5 filiais em Teresina. O empresário afirmou que a partir de 2009 as atividades de algumas filiais começaram a ser encerradas, no entanto o contador não efetuou a baixa legalmente, provavelmente devido à existência de débitos tributários. Ele também declarou que não soube das irregularidades encontradas na investigação. Francisco das Chagas ainda ressaltou que a matriz da Loja de Calçados Paralelas, em Fortaleza, encerrou as atividades há mais de 10 anos.
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