A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), realizou, nesta semana, uma ação conjunta no município de Cocal, com o apoio do 31º Batalhão da Polícia Militar e do Conselho de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI). A operação teve como objetivo impedir o uso de agrotóxicos clandestinos, proibidos ou com desvio de uso, além de atender a denúncias da comunidade local.

A ação foi motivada por uma denúncia anônima sobre o uso irregular de agrotóxicos em propriedades rurais da região. Durante a operação, foram lavrados dois autos de interdição pela Adapi: o primeiro devido ao armazenamento de 1.760 litros de produtos domissanitários (agrotóxicos registrados pelo Ministério da Saúde para controle de pragas urbanas, com uso exclusivo por empresas especializadas), e o segundo por produtos vencidos armazenados de forma inadequada.

Foto: Divulgação/Ascom
Ação de fiscalização interdita agrotóxicos irregulares em Cocal

No total, a operação resultou na interdição de 2.818 litros e 72,52 kg de produtos irregulares, além de 261 litros e 20 kg de produtos vencidos.

O secretário da Sada, Fábio Abreu , ressaltou que essas ações são uma prioridade do órgão, uma vez que impactam diretamente na segurança alimentar da população e no uso adequado dos insumos agrícolas, minimizando riscos à saúde pública e ao meio ambiente. "Essas ações são de extrema importância, pois garantem que a agricultura seja realizada de forma responsável, preservando a saúde das pessoas e do meio ambiente", afirmou.

De acordo com o gerente de Defesa Vegetal da Adapi, Ozael Valério, a operação foi bem-sucedida ao atender as denúncias e identificar os problemas relatados, contando com a participação de seis fiscais estaduais agropecuários e dois técnicos em defesa agropecuária da agência. "A operação foi um sucesso, pois conseguimos identificar os problemas apontados pelas denúncias e agir de forma rápida e eficiente", destacou.

Já o coordenador de Controle de Agrotóxicos, Olavo Castelo Branco, informou que o proprietário dos produtos interditados terá um prazo para apresentar notas fiscais e comprovar a origem dos insumos. "A Coordenação do Controle de Agrotóxicos está atenta e respondendo às denúncias. O proprietário terá 30 dias para apresentar as notas fiscais e demais comprovantes de aquisição dos produtos. Além disso, os fabricantes dos produtos vencidos serão notificados para recolhimento dos mesmos", explicou.

A ação também identificou o armazenamento inadequado de embalagens vazias de agrotóxicos, sendo o responsável notificado para devolvê-las em até 15 dias e regularizar o depósito dos produtos em conformidade com o Decreto Estadual nº 14.576/2011. "Essa ação poderá se desdobrar em vários autos de infração, caso o prazo legal de defesa e apresentação pelo proprietário não seja cumprido ou a origem dos produtos não seja comprovada", completou Olavo.

O diretor da Adapi, João Rodrigues, reforçou o compromisso da instituição no combate ao uso incorreto de agrotóxicos, enfatizando a importância de fiscalizar e garantir a segurança da população. "A Adapi está comprometida e trabalhando no combate ao uso incorreto dos agrotóxicos, cumprindo seu papel institucional para o bem da população", concluiu.