A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí encaminhou nesta quinta-feira (23) os sargentos Anderson Lustosa de Castro e Edvaldo Oliveira Costa para o Presídio Militar, após serem alvos da Operação Conexão Cajueiro, deflagrada pela Polícia Federal. Os militares eram responsáveis pela logística e segurança de uma organização criminosa transnacional de contrabando de mercadorias estrangeiras por meio de portos clandestinos localizados em Cajueiro da Praia, no Litoral do Piauí.
Conforme a Corregedoria da PM, os sargentos ficarão no presídio militar enquanto as investigações seguem e ambos serão alvos de procedimento administrativo por conta dos crimes que são acusados de participar.
Entenda o caso
Segunda PF, os policiais presos eram responsáveis pela logística e segurança de uma organização criminosa transnacional de contrabando de mercadorias estrangeiras por meio de portos clandestinos localizados em Cajueiro da Praia. O grupo criminoso que os policiais participavam utilizava o estuário formado pelos rios Timonha e Ubatuba como rota de entrada das cargas, que tinham como destino principal a região da 25 de Março, em São Paulo.
De acordo com as investigações, as mercadorias contrabandeadas vinham do Suriname e incluíam produtos de marcas conhecidas com indícios de falsificação, além de cigarros cuja comercialização é proibida no Brasil.
Durante as operações, foram apreendidos caminhões, embarcações e dois fuzis sem numeração de série utilizados no transporte e na logística do esquema criminoso. A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 250 milhões, valor aproximado das movimentações financeiras identificadas até o momento.
Os investigados, incluindo os dois policiais militares, poderão responder pelos crimes de organização criminosa, contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro.
Confira a nota na íntegra
A Polícia Militar do Piauí comunica que acompanhou, por meio de sua Corregedoria-Geral, a operação da Polícia Federal que culminou na prisão de dois policiais militares.
Os mesmos foram levados ao presídio militar, onde permanecerão enquanto as investigações prosseguem. No contexto militar, a corregedoria iniciará o procedimento administrativo correspondente.