A Polícia Civil do Piauí , por meio da 8ª Delegacia Seccional de Teresina, indiciou a influencer Ana Azevedo por difamação qualificada contra um casal, no bojo de uma investigação que apurava discurso de ódio por meio das redes sociais. No mesmo relatório remetido à Justiça, a delegada Amanda Bezerra obteve decisão favorável pela medida cautelar que extinguiu as redes sociais da acusada, bem como a proibição da criação de novos perfis.

Em entrevista ao GP1 , a delegada Amanda Bezerra afirmou que o casal procurou a delegacia, logo após a influencer ter concedido entrevista a um repórter de uma emissora, detalhando um vídeo em que mostra uma mulher sendo agredida pela amiga da influencer, que registrou a cena e a difundiu nas redes sociais no mês de dezembro de 2024.

Foto: Reprodução/WhatsApp
Influencer Ana Azevedo

“Esse inquérito foi instaurado logo após o fato, quando elas foram a uma determinada emissora de TV e deram uma entrevista para um repórter, falando palavras pejorativas com relação às vítimas, que no caso eram um casal. Durante a entrevista, elas começaram a fazer chacota, inclusive, uma das autoras confirmou aqui na delegacia que gravou a briga entre uma delas e a vítima, em tempo real, porque era isso que gerava engajamento e o povo de Teresina é baixo e era disso que o povo gostava. Então, a vítima foi à delegacia, fez a representação, eu instaurei o inquérito pela difamação qualificada, pelo uso das redes sociais. Ouvimos as vítimas, o apresentador também foi ouvido aqui na delegacia e contou detalhes sobre como teria se dado essa entrevista. A Ana Azevedo compareceu à delegacia, foi ouvida, mas a outra não”, disse a delegada Amanda Bezerra.

A autoridade policial representou por medidas cautelares diversas da prisão junto ao Poder Judiciário, que determinou a exclusão das redes sociais de Ana Azevedo, bem como da amiga dela, envolvida no caso. “Eu representei por medidas cautelares diversas da prisão, para que elas mantivessem distância da vítima e também pedi a exclusão dos perfis delas das redes sociais e a impossibilidade de elas criarem novos perfis, sob o argumento da utilização das redes sociais como meio de propagação de discursos de ódio”, acrescentou a delegada Amanda Bezerra.

O inquérito foi remetido à Justiça no último dia 15 de janeiro deste ano.