Após mais de 12 horas de julgamento, nesta quinta-feira (8), o Tribunal Popular do Júri condenou o ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros , pela tentativa de homicídio contra a vizinha, Maria Zenaide Filgueira, crime ocorrido no dia 28 de agosto de 2022. A pena fixada pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal foi fixada em 12 anos de reclusão em regime fechado.
Max Kellysson foi condenado pelos crimes de homicídio tentado por motivo fútil, injúria e difamação por ter proferido xingamentos e inventado mentiras sobre Maria Zenaide, e também pelo crime de dano, por ter invadido o apartamento da vítima, arrombando duas portas e quebrando diversos objetos no imóvel, localizado em um condomínio na zona leste de Teresina.
Durante a sessão de julgamento da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, Max Kellysson admitiu ter espancado Maria Zenaide e destruído parte do seu apartamento, mas disse que não tinha a intenção de matar a vítima, que morava no mesmo condomínio de sua então namorada.
A defesa do ex-PM tentou convencer o conselho de sentença a votar pela desclassificação do crime de homicídio tentado para lesão corporal, tese rebatida pelo promotor Ubiraci Rocha e rejeitada pelos jurados.
A pena de 12 anos de reclusão imposta a Max Kellysson, que já se encontra preso, deverá ser cumprida em regime fechado, na Penitenciária Irmão Guido.
Primeiro Júri anulado
O ex-policial já havia sido condenado por esse caso, entretanto, o julgamento foi anulado devido a perguntas feitas pelo promotor durante o interrogatório na sessão, mencionando fatos de outro processo criminal ao qual Max Kellysson responde.
Assassinato de radiologista
Max Kellysson é acusado de ser o autor do assassinato do radiologista Rudson Vieira Batista da Silva , crime ocorrido em 1º de dezembro de 2019, em um bar na zona norte da Capital.
Segundo o Ministério Público, o radiologista foi morto após interpelar o ex-PM, que estava incomodando algumas mulheres no bar. Max Kellysson foi expulso dos quadros da Polícia Militar do Piauí em novembro de 2020.