A Polícia Civil do Piauí , por meio da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Teresina, indiciou o médico e coronel da reserva remunerada da Polícia Militar, Marco Polo Nogueira Barros , ginecologista obstétrico, acusado do crime de importunação sexual contra uma paciente e sua acompanhante durante uma consulta no Hospital Unimed Ilhotas. O inquérito foi concluído pela delegada Valéria Cristina da Silva Cunha no dia 25 de julho.

Segundo o relatório do inquérito, ao qual o GP1 obteve acesso, o fato aconteceu no dia 14 de maio, quando uma paciente, que havia perdido um filho recentemente, se dirigiu ao seu consultório acompanhada de uma tia. As duas relataram à polícia que, ao final da consulta, o médico começou a falar de assuntos íntimos dele com a esposa, chegando a relatar que na sua casa tudo era “muito quente”.

De acordo com a paciente, em dado momento Marco Polo Nogueira mostrou uma foto do seu órgão genital para ela e a tia, e ambas ficaram sem reação, saindo do consultório em seguida.

Vídeo sobre masturbação

Ainda conforme a paciente, antes dessa consulta, o médico havia enviado a ela, por WhatsApp, um vídeo falando dos benefícios da masturbação.

“Considerando que existem elementos suficientes de autoria e provada a materialidade do crime ora apurado, uma vez que os fatos nos remetem a uma importunação sexual causada pelo indiciado, concluo pelo indiciamento de Marco Polo Nogueira Barros, já devidamente qualificado nos autos, pelo cometimento da infração penal de importunação sexual”, concluiu a delegada Valéria Cristina.

Os autos do inquérito foram encaminhados ao Poder Judiciário.

Outro lado

Procurado por nossa reportagem, nesta terça-feira (30), o médico Marco Polo Nogueira negou todas as acusações e disse que já prestou os devidos esclarecimentos na Delegacia da Mulher.

“Já fiz minha defesa na delegacia, demonstrando equívoco por parte das duas pessoas. Não houve nada com relação a elas. Estava conversando amenidades e comentando algo sobre meu relacionamento com minha esposa e nada que elas não permitiram. Triste fato”, afirmou o médico.