O juiz Fernando José Alves Silva, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, negou o pedido de soltura e manteve a prisão preventiva de Wicloas Neves Portela , Tiago Rocha Santiago , Pedro Vitor Cardoso Almeida e Diego Bruno da Costa Sousa , acusados de matar o policial militar Agamenon Dias Freitas Júnior , durante uma briga em um posto de combustíveis no dia 4 de fevereiro deste ano . A decisão foi dada no último dia 13 de maio.
Além de manter a preventiva dos acusados, o juiz marcou para o dia 18 de julho deste ano a audiência de instrução e julgamento . Na decisão, o magistrado considerou que “o modus operandi empregado no cometimento do delito e a gravidade da conduta evidenciam a periculosidade social destes acusados e dos demais denunciados, o que desautoriza a revogação pretendida ou a substituição desta medida por outras diversas do encarceramento, insuficientes para a manutenção e o resguardo da ordem pública”.
O crime
Agamenon Dias Freitas Júnior, lotado na Cavalaria da Polícia Militar do Piauí, foi assassinado com tiros na cabeça e nas costas na madrugada do dia 4 de fevereiro, durante uma confusão em um posto de combustíveis localizado na Avenida dos Expedicionários, próximo ao Atlantic City, zona sudeste de Teresina.
De acordo com o inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a confusão que culminou no assassinato do policial teve início após um dos adolescentes envolvidos no crime ter tentado furar a fila da loja de conveniência do posto de combustíveis e ter sido repreendido por Agamenon Dias. Foi então que a discussão se estendeu para fora do estabelecimento, onde o policial e o amigo dele, Ismael Rodrigues de Araújo, foram agredidos por Tiago Rocha, Wicloas Neves, Pedro Vitor, Diego Bruno e os dois menores de idade.
O policial Agamenon Dias foi imobilizado dentro de seu carro por Diego Bruno e executado com disparos efetuados por Tiago Rocha, usando a própria arma do militar. Enquanto Ismael Rodrigues de Araújo conseguiu fugir dos criminosos. Vídeos feitos por populares mostram o momento da confusão generalizada que terminou com o assassinato do PM.