O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa ( DHPP ) identificou transferências suspeitas realizadas da conta do empresário Antônio Francisco dos Santos Sousa , encontrado morto no dia 1º de abril deste ano, no povoado Cacimba Velha, na zona rural leste de Teresina. A informação veio à tona na manhã de hoje, quando o departamento prendeu duas mulheres responsáveis por um prostíbulo onde a vítima esteve horas antes de ter sido assassinada.

O volume de dinheiro que saiu da conta da vítima, cerca de R$ 90 mil, pode ser um indicativo da motivação para o crime, no entanto, outras hipóteses estão sendo trabalhadas e nada deverá ser descartado nesse momento, como explicou o delegado Divanilson Sena. “A gente está aguardando alguns dados bancários chegarem para a gente falar, com certeza, sobre essas quantias que foram feitas. A gente trabalha nessa linha de que ele pode ter sido morto por causa dessas transferências, mas nada está descartado, a gente tem outras linhas de investigação. Elas [duas mulheres] prestaram oitiva aqui no DHPP e, a partir daí, a gente vai trabalhar todas as linhas de investigações”, explicou o delegado Divanilson Sena.

Foto: Alef Leão/GP1
Delegado Divanilson Sena

Últimos passos do empresário

Traçando uma linha do tempo, desde a saída de Antônio Francisco dos Santos Sousa de casa até o último local onde ele foi visto com vida, os policiais do DHPP conseguiram registros de imagem que os levaram até o prostíbulo Balde Azul Drinks, onde a vítima esteve e consumiu bebida alcoólica.

Desse local, os policiais deram continuidade aos passos da vítima até o local onde ela foi encontrada morta, sem parte das roupas. Nesse intervalo entre a saída do empresário do prostíbulo, na Vila Maria, zona leste de Teresina, e a Cacimba Velha, onde o corpo dele foi encontrado, os policiais encontraram elementos de informação que serão confrontados com os depoimentos das mulheres presas nesta quarta.

Foto: Brunno Suênio/GP1
Duas mulheres presas acusadas de matar empresário Antônio Francisco

“A gente encontrou indício de participação das jovens e, em razão disso, a gente solicitou ao Poder Judiciário as prisões delas. Realmente, o último passo da vítima foi lá no Balde Azul, que é propriedade delas, mas elas negam envolvimento. A partir de agora, a gente vai trabalhar o material que foi colhido no sentido de elucidar cada detalhe desse crime. Elas prestaram interrogatório aqui no DHPP, falaram alguns dados relevantes para investigação e a partir daí a gente vai trabalhar ainda mais. A gente tem todo esse itinerário e com a oitiva que foi colhida, bastante útil para nossa investigação, a gente vai poder traçar ainda mais detalhes da vítima”, explicou o delegado Divanilson Sena.

Relembre o caso

O corpo de Antônio Francisco, que trabalhava no ramo de energia solar, foi encontrado no dia 1º de abril deste ano sem roupas e com marcas de perfurações de arma branca no abdômen e de golpes na cabeça, por trabalhadores que executavam uma obra em um terreno na Cacimba Velha.