O advogado do policial Raimundo Linhares da Silva , acusado de atirar na cabeça do sargento João de Deus Teixeira dos Santos , afirmou que o soldado da Polícia Militar do Maranhão agiu em legítima defesa. Ele se apresentou na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa ( DHPP ) na manhã desta quinta-feira (7).
Segundo o advogado Rafael Machado, o soldado Linhares sacou sua arma e atirou apenas para se defender do sargento reformado da PM do Piauí, em meio a uma discussão por uma vaga de estacionamento.
“Ele estava indo para o trabalho como taxista e diante do acidente que ocorreu tentou resolver amigavelmente, mas o outro militar parece que estava alterado, tinha ingerido bebida alcoólica, sacou a arma e começou a disparar, e ele, para sua defesa, teve que também sacar sua arma e tentar conter aquela injusta agressão”, afirmou o advogado.
Não se conheciam
Ainda de acordo com o advogado, os dois policiais não se conheciam. “Não tinham conhecimento um do outro, eles não se conheciam, foi um fato realmente ocasional. Ele alega legítima defesa, só sacou a arma e disparou porque primeiro teve um disparo contra ele”, completou.
Tiro na cabeça
Rafael Machado argumentou que o soldado Linhares não mirou na cabeça do sargento João de Deus, e que o tiro naquela região foi um mero acaso. “Ele não viu, não atirou intencionalmente, estava só revidando. Ele não viu se foi na cabeça, queria que cessasse os disparos contra ele”, finalizou.
Relembre o caso
O sargento João de Deus foi baleado na tarde da última terça-feira (5) após discutir com o soldado Linhares por uma vaga de estacionamento no bairro Parque Sul, zona sul de Teresina. Ele está internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).