O prefeito Dr. Pessoa (PRD) convocou uma coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (06), ocasião em que falou pela primeira vez sobre as investigações acerca de um possível rombo milionário na Fundação Municipal de Saúde (FMS). Ele destacou que o pedido de apuração partiu da própria gestão e que não colocará “nada debaixo do tapete”.
"A investigação na FMS foi uma determinação minha, do Dr. Pessoa. Pedi que intensificassem as investigações internas e abrissem as portas para as investigações externas. Com a conduta ímpar do doutor Ítalo, ele identificou isso. Sempre que houve questionamentos sobre a Fundação Municipal de Saúde, foi realizada auditoria. As portas estão sempre abertas para auditores e fiscalizadores externos. Nunca houve omissão. Não vou colocar nada debaixo do tapete”, declarou Dr. Pessoa.
Dr. Ítalo Costa , chefe da FMS, esteve presente na coletiva e destacou, entre outros pontos, as auditorias em andamento e a constatação de que o problema na gestão pública se estende a todo o Brasil.
“Comunicamos aos órgãos competentes, ao Ministério Público Federal, e teremos audiências para apresentar todos os fatos que encontramos, com o objetivo de dar clareza e garantir a transparência da gestão. Estamos aqui para corrigir essas falhas e trazer mais receitas e equilíbrio à FMS. O foco da nossa gestão é identificar qualquer tipo de valor [possivelmente desviado], diminuir a evasão, estancar qualquer sangria que a Fundação tenha sofrido e, no futuro, fazer com que esses valores sejam devolvidos à FMS, permitindo que a gestão tenha mais recursos para gerir a Saúde. Deixar claro que a Saúde vive um período de crise no Brasil, devido ao subfinanciamento. Isso não é apenas uma realidade de Teresina, é uma questão histórica”, ressaltou Dr. Ítalo Costa.
“Na época, na diretoria de regulação, controle e auditoria, estava o doutor Esdras Avelino, auditor fiscal de carreira de Teresina, e foi ele quem ajudou a identificar esses equívocos. Ele me comunicou imediatamente, e tomei providências de imediato. Solicitei, em caráter de urgência, essa auditoria ao município, que foi realizada e resultou neste relatório parcial. Não podemos dar maiores detalhes com profundidade, pois a auditoria ainda não foi concluída, ela está em andamento. Estamos tratando dos detalhes com mais profundidade junto ao Ministério Público e aos órgãos fiscalizadores, para garantir a transparência e tranquilidade à população, deixando tudo claro para que seja discutido abertamente”, completou.
“Ainda não é possível identificar quando começou”
O gestor da Saúde também ressaltou que ainda não é possível identificar quando os possíveis desvios tiveram início e que será necessário aguardar o decorrer das auditorias. “Não podemos dizer em qual gestão isso começou. Pode ter sido há cinco anos, pode ter sido há dez anos. Não sabemos com precisão o início disso tudo. O que identificamos agora são os primeiros apontamentos de um período curto, de aproximadamente dois a três anos. Foi apenas um recorte, mas o início será identificado ao longo da auditoria”, finalizou Dr. Ítalo Costa.