O juiz Valdemir Ferreira Santos , da Central de Inquéritos de Teresina, decretou nesta terça-feira (19) a prisão preventiva do empresário Thiago Alves Garcia , dono da Imobiliária Thiago Garcia, acusado de descumprir medida protetiva contra seu ex-companheiro, Lucas Albuquerque, devido ao crime de lesão corporal, no qual Thiago é investigado pela Polícia Civil.
Em entrevista ao GP1 , a advogada da vítima, Arielly Pacífico, detalhou que a medida protetiva foi solicitada pela autoridade policial em maio deste ano e prontamente concedida pela Central de Inquérito da Comarca de Teresina. A advogada destaca que, embora não possa divulgar muitos detalhes devido ao sigilo do processo, foi instaurado um procedimento para investigar o crime de lesão corporal ocorrido no mesmo período, o que levou a determinação da medida protetiva.
“A medida protetiva foi postulada pela autoridade policial competente ainda em maio deste ano e concedida pelo juízo da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina. Não posso dar muitos detalhes sobre o processo, pois ele é sigiloso. O que posso afirmar é que foi instaurado um procedimento para apurar o crime de lesão corporal ainda no mês de maio deste ano, o que resultou na concessão dessa medida protetiva”, detalhou a advogada.
Arielly Pacífico também informou que Thiago Garcia foi devidamente intimado sobre a decisão judicial, que proibia qualquer forma de contato com a vítima. Apesar disso, no dia 11 de novembro, ele teria violado essa ordem ao arrombar a porta da residência da vítima, entrar no imóvel enquanto ela estava presente e retirar do local uma cachorra que era do ex-casal. No momento da invasão, Thiago ficou frente a frente com a vítima e apresentava sinais de estar visivelmente transtornado.
“Thiago Garcia estava ciente dessa medida, que determinava que ele não poderia manter qualquer contato com a vítima, pois foi devidamente intimado da decisão. Mesmo assim, no último dia 11 de novembro, ele arrombou a porta da residência onde a vítima mora, entrou na casa enquanto ela estava presente e levou uma cachorra que pertencia ao ex-casal. Nessa ocasião, ele ficou frente a frente com a vítima, aparentando estar completamente transtornado. Apesar de ser expedido o mandado de prisão, a polícia não conseguiu prender ele e está nas ruas para cumprir o mandado”, ressaltou Arielly.
O que diz a vítima
Lucas Albuquerque, ao comentar sobre o caso, afirmou que não pode fornecer detalhes específicos sobre o processo judicial devido ao segredo de justiça. Contudo, compartilhou seus sentimentos em relação à situação, descrevendo-se como desprotegido e ameaçado, mesmo com uma medida protetiva de proibição de contato em vigor. Ele classificou a situação como um pesadelo e lamentou o fato de enfrentar uma batalha judicial com alguém com quem compartilhou anos de sua vida em casamento, a quem dedicou amor, fidelidade e companheirismo.
“A única coisa que eu posso falar é sobre mim e sobre o que eu sinto. Sobre o processo não posso dar detalhes por tramitar em segredo de justiça. Sobre o que eu sinto: eu me sinto desprotegido, eu me sinto ameaçado, porque mesmo existindo uma medida protetiva de proibição de contato vigente, eu me encontro nessa situação, que para mim é um pesadelo. Estive em um casamento no qual eu dediquei anos da minha vida, uma pessoa que eu jurei amor, jurei fidelidade, jurei companheirismo e hoje eu vivo nessa batalha judicial. Sou muito grato a minha advogada, Arielly Pacífico e afirmo que eu acredito na justiça do estado do Piauí e acredito na polícia civil”, disse Lucas.
Outro lado
Procurado pelo GP1 , o empresário Thiago Alves Garcia afirmou que possui testemunhas que podem negar as agressões e, além disso, tem registros de boletins de ocorrência contra a vítima. “Temos as testemunhas de que nunca houve agressão e foram feitos inúmeros Boletins de Ocorrência de estelionato praticados pela suposta vítima”, disse o empresário.