A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (24), a Operação Clã, que investiga desvio de recursos públicos na saúde em Pernambuco. A operação foca nas suspeitas de irregularidades entre a Secretaria de Saúde Estadual e uma Organização Social (OS), que chegou a faturar R$ 89 milhões em apenas um contrato.
De acordo com a PF, a organização social é responsável por vários contratos com o Governo do Estado na gerência de hospitais e UPAs importantes da região. As atividades irregulares estariam voltadas para a prestação de serviços terceirizados como limpeza hospitalar, fornecimento de comida, entre outros. Os alvos da investigação fazem parte de um grupo familiar responsável pela gerência das empresas terceirizadas pela OS.

“Os supostos crimes estariam ligados com a contratação direcionada de prestadores, execução fictícia de serviços, no superfaturamento dos valores pagos e na ocultação dos valores desviados. Essas ocorrências contaram com o engajamento tanto de gestores da fundação como dos empresários de empresas terceirizadas, os quais possuem vínculos familiares/sociais com o grupo”, informou a Polícia.
Ao todo, 80 agentes da PF e 7 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram diligências buscando documentos, relatórios e notas fiscais que possam comprovar as irregularidades na atuação da empresa. Até o momento 17 mandados de prisão já foram expedidos.
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