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Arcoverde - Pernambuco

Integrante do MBL preso pela Polícia Civil já ocupou cargo no Governo João Doria

O Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil e a Receita Federal deflagraram nesta sexta-feira uma operação que investiga suposta sonegação fiscal de mais de R$ 400 milhões.

O empresário Alessander Monaco Ferreira, que foi preso na manhã desta sexta-feira (10) em São Paulo, na Operação Juno Moneta, já foi gerente de Tecnologia da Informação no governo de João Doria no ano de 2019. Alessander Monaco é apontado como uma pessoa que possui ‘estreitas ligações’ com o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento Renovação Liberal (MRL).

O Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil e a Receita Federal deflagraram nesta sexta-feira uma operação que investiga suposta sonegação fiscal de mais de R$ 400 milhões. Na ação foram presos os empresários Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, vulgo Luciano Ayan.


  • Foto: Reprodução/Diário Oficial de SPDiário Oficial do Estado de São Pualo mostra cargo de Alessander MonacoDiário Oficial do Estado de São Pualo mostra cargo de Alessander Monaco

A investigação é conduzida pelo promotor Marcelo Mendroni e aponta que a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, estaria devendo cerca de R$ 400 milhões em impostos federais. Segundo o Ministério Público de São Paulo existe uma "confusão jurídica empresarial" entre as empresas MBL e MRL. Além disso foi identificado o recebimento de doações através da plataforma Google Pagamentos –que desconta 30% do valor, ao invés de doações diretas na conta do MBL/MRL.

“A família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, adquiriu/criou duas dezenas de empresas – que hoje se encontram – todas – inoperantes e, somente em relação ao Fisco Federal, devem tributos, já inscritos em dívida ativa da União, cujos montantes atingem cerca de R$ 400 milhões”, informou o Ministério Público.

  • Foto: Divulgação/Polícia CivilIntegrantes do MBL são presos em operação Integrantes do MBL são presos em operação

Sobre a participação dos empresários presos, o órgão ministerial afirmou que “as evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas”.

O que diz o MBL

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), cofundador e coordenador do Movimento Brasil Livre, confirmou a busca e apreensão na sede do grupo, mas negou que os detidos sejam membros do MBL. "Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento. Uma notícia veiculada de maneira errônea por um portal criou tal confusão", disse a nota.

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