O governador Wellington Dias (PT) vai marcar nova agenda com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, onde pretende sugerir uma melhoria no plano nacional de imunização contra a covid-19 (coronavírus). Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (14), o chefe do executivo estadual afirmou que vai propor que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dobre a produção da vacina Astrazeneca, de modo a garantir maior celeridade na execução do plano de vacinação.
Wellington ressaltou que as discussões sobre a imunização no Brasil têm avançado, mas destacou que é preciso que seja divulgado um cronograma, como bem cobrou o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Tivemos um importante avanço da semana passada para cá, por ter a oficialização de um plano nacional de imunização e um plano estratégico operacional, acho que a decisão do próprio ministro Lewandowski contribui para que a gente tenha uma coisa que falta, que é o cronograma”, declarou.
- Foto: Alef Leão/GP1Wellington Dias
Para o governador, a grande demanda do Brasil devido aos mais de 200 milhões de habitantes exige uma grande produção de vacinas nos vários laboratórios, e por conta disso ele considera que a Fiocruz, que já admitiu ter capacidade de produzir 30 milhões de doses por mês, deve produzir essa quantidade, e não os 15 milhões acordados com o Ministério da Saúde.
“Pedi uma agenda com o ministro Pazuello representando o Fórum dos Governadores do Brasil e o Consórcio Nordeste, para que possamos trabalhar uma melhoria do plano. Por exemplo, se a Fiocruz, que tem uma parceria com Astrazeneca tem capacidade para produção de 30 milhões de doses por mês, porque só foi colocado no acordo com a Astrazeneca 15 milhões de doses por mês? Nós queremos então que o Governo Brasileiro use sua diplomacia para que possa comprar mais 15 milhões de doses”, colocou Wellington.
Imunização até maio
Ainda segundo o governador, é possível que o Brasil consiga imunizar toda a população até o mês de maio, desde que haja aquisição de múltiplas vacinas. “A ideia é que o Brasil possa comprar múltiplas vacinas para sair da crise cedo, se a gente começar a vacinar algo aí com 80 milhões de doses por mês é possível sair da crise até o mês de maio, ou seja, nós temos a condição plena, integrado todos os municípios com os estados e com a União, de fazer a vacinação entre o mês de janeiro até no máximo o mês de maio, já primeira e segunda dose, essa é a forma da gente sair, tanto da pandemia, como da crise econômica e social em que o Brasil se encontra”, finalizou Wellington.
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