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Tamandaré Concursos fecha as portas em Teresina após 25 anos de funcionamento

Um grupo de professores denunciou ao GP1 que o estabelecimento está fechando as portas com dívidas gigantescas para com os funcionários.

Após 25 anos de mercado, o centro educacional Tamandaré Concursos, que fica localizado na Rua Paissandu, Centro de Teresina, decidiu nessa segunda-feira (17) suspender por tempo indeterminado as atividades na capital.

Em carta aberta divulgada aos alunos da instituição, o diretor da unidade, comandante Gervásio Araújo, lamentou a decisão e disse que as atividades foram suspensas por conta da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus.


  • Foto: Google MapsUnidade do Tamandaré na Rua PaissanduUnidade do Tamandaré na Rua Paissandu

"Estamos suspendendo nossa prestação de serviço, por prazo indeterminado, após 25 anos de lutas e conquistas educacionais, quando milhares de concurseiros realizaram o sonho de ingresso no mercado de trabalho por concurso e somos orgulhosos por esta grande façanha. Mas, com imenso pesar e profunda tristeza, anunciamos que é chegada a hora de tomar esta medida", diz um trecho da carta.

O diretor garantiu que fez todo o possível para manter o funcionamento da unidade, no entanto, a situação econômica pesou, inviabilizando a continuidade das atividades. “A Instituição não mediu esforços para manter a continuidade dos trabalhos educacionais, mas, infelizmente, a empresa se encontra devastada pelos grandes prejuízos decorrentes dos efeitos desta pandemia”, consta no texto.

A unidade oferecia cursos preparatórios para concursos e vestibulares, e por conta da pandemia de coronavírus teve de suspender as aulas, antes de divulgar o encerramento das atividades.

Atraso no salário dos professores

Um grupo de professores do Tamandaré Concursos denunciou ao GP1 que o estabelecimento está fechando as portas com dívidas gigantescas para com os funcionários. Um dos docentes, que preferiu não se identificar, relatou que mesmo com salário atrasado eles continuaram ministrando as aulas, sob promessas de pagamentos que nunca foram feitos.

“Já estávamos enfrentando atrasos desde o ano passado, nesse ano isso se agravou na pandemia. Passou o mês de março, abril, maio e quando chegou em junho decidimos começar a nos mobilizar porque já estávamos com muitos dias de atraso sem nenhuma justificativa. Dentro desse período a gente ouvia muitas promessas de que a empresa estava correndo atrás de empréstimos, chegavam a marcar o dia do pagamento, mas nunca dava certo. No mês de maio chegamos até assinar dois contracheques, mas não recebemos o que foi prometido”, afirmou.

Os professores alegam que foram pegos de surpresa com a suspensão das atividades e que até o momento não possuem nenhuma previsão de quando a dívida será quitada.

“No final do mês de junho foi feita uma reunião com nós professores e fomos informados mais uma vez que a empresa não poderia nos pagar e foi pedido um prazo até o dia 15 de julho. Nós continuamos a ministrar as aulas cumprindo com o nosso papel, chegou o dia e não pagaram, fizeram foi dar férias aos alunos de 15 dias, quando na verdade o estabelecido pelo sindicato é de 7 dias de férias para o discente. Agora no segundo semestre recebemos mais promessas, chegou na metade de agosto e nada, nesse processo ele foi enviando algumas notas até que informaram de repente o encerramento das atividades”, narrou o professor.

Leia a carta aberta do Tamandaré Concursos:

Outro lado

Nenhum representade da instituição foi localizado pelo GP1, para se manifestar sobre a informação de atraso de salários.

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