Um relatório da Polícia Federal (PF) aponta indícios de que o tucano usava dois celulares com linhas telefônicas supostamente registradas em nome de laranjas para fazer ligações sigilosas. O documento foi elaborado após análise de objetos e documentos que foram apreendidos no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no Rio de Janeiro, em 18 de maio.
Segundo a perícia da Polícia Federal, "aparelhos celulares simples" foram encontrados pelos agentes na sala de TV e no closet do apartamento de Aécio localizado no bairro de Ipanema. De acordo com a perícia da PF, entre as dezenas de itens recolhidos pelos policiais no imóvel do senador tucano, estavam um celular Nokia e outro LG.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoAécio Neves
Para identificar quem eram os proprietários das duas linhas móveis disponíveis nos celulares encontrados na casa de Aécio, a Polícia Federal teve que solicitar os dados às operadoras de telefonia TIM e Vivo. As empresas, então, informaram que os telefones pré-pagos estavam registrados em nome de duas pessoas diferentes: Laércio de Oliveira, um agricultor que trabalha no cultivo de café e Mitil Ilchaer Silva Duaro, montador de andaimes com endereço registrado no Espírito Santo.
Segundo informações do G1, a perícia ressaltou que Laércio de Oliveira "é uma pessoa simples, agricultor de café que, em tese, não pertence ao convívio social" de Aécio, sugerindo que, por esse motivo, os dados pessoais do agricultor podem "ter sido usados para habilitação da linha sem o seu consentimento".
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