Para protestar contra o governador Wellington Dias (PT), que, segundo eles se nega a pagar o reajuste do piso salarial definido em lei, dezenas de trabalhadores em educação tomaram as ruas de Picos na manhã desta terça-feira (18) em uma manifestação pacífica. A categoria está em greve e garante que só volta ao trabalho depois de ter os seus direitos restabelecidos.
Com faixas, cartazes, apitos e apoio de um carro de som, os manifestantes deixaram a sede do Sinte Regional de Picos por volta das 8 horas da manhã. Eles seguiram pela rua São Sebastião e fizeram uma parada em frente à Escola Normal, uma das mais tradicionais do município.
Nas faixas e cartazes toda a indignação da categoria para com o governador Wellington Dias (PT). “Greve geral, culpa do governo”. “Governador sem compromisso, educadores sem direitos, alunos sem aulas”. “Governador, queremos o reajuste do piso do magistério no vencimento”. “Não aceitamos calote, pague nossos direitos”. “Senhor governador, até quando vamos ter que esperar pela conclusão da obra da Unidade Escolar Miguel Lidiano?” “Governador, tire a mão dos nossos direitos”. “Educação é só mídia. Cadê o compromisso com a educação? Chega de enganação”.
Trajeto
Gritando palavras de ordem contra o governador Wellington Dias (PT), os manifestantes seguiram pela rua Abílio Coelho, passando pela feira-livre, travessa Lourenço Pereira, avenida Getúlio Vargas, rua coronel Luís Santos, praça Josino Ferreira, rua Francisco Prota, Marcos Parente, São Francisco e encerrando na sede do Sinte Regional de Picos.
Na oportunidade, foi decidido pela categoria que no próximo dia 2 de março, as 9 horas, haverá assembleia geral no auditório do Sinte para avaliar o andamento do movimento grevista e deliberar sobre novas ações.
Reivindicação
A principal reivindicação dos trabalhadores em educação é a implementação do reajuste salarial garantido em lei e negado pelo governador Wellington Dias (PT). São 4,17% referente ao ano de 2019 e 12,84% referente a 2020, totalizando 17.01%. A categoria protesta contra a proposta do governo, que prevê um aumento de apenas 4,17% em detrimento dos 12.84% estabelecidos pela lei nacional do piso.
Segundo a presidente do Sinte Regional de Picos, Giselle Dantas, a manifestação foi positiva e a greve mantida por tempo indeterminado. “Nós vamos esperar a sinalização do governo, mas é difícil. Esse governador é muito truculento, ninguém tem acesso a ele, porém, esperamos dele o bom senso e que venha dialogar com a categoria” – afirmou.
A sindicalista reconheceu que não existe greve com 100% de adesão, mas garantiu que na Regional o movimento está muito bom. Foi conseguida, inclusive, a adesão das quatro escolas em tempo integral. Uma em Santa Cruz do Piauí, outra em Monsenhor Hipólito e as duas de Picos. Ela acredita que a tendência é o movimento se fortalecer, fazendo com que o governo recue em sua intenção de não pagar o reajuste do piso.
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