A Procuradoria Geral da República (PGR) já encaminhou para o Supremo Tribunal Federal (STF) a delação premiada realizada pelo doleiro Lúcio Funaro. O acordo para delação foi fechado no dia 22 de agosto. Segundo o G1, com a delação a procuradoria espera conseguir informações sobre esquema de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer e políticos do PMDB.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoRodrigo Janot
Agora o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, é quem irá decidir sobre a homologação da delação, onde o doleiro será ouvido para confirmar se realmente fechou o acordo de livre e espontânea vontade ou se foi pressionado. Até o momento, as informações repassadas pelo doleiro estão sob sigilo.
Se o ministro homologar a delação, então a Procuradoria Geral da República poderá usar essas informações como base para investigações e como base para abertura de inquéritos. Um dos alvos seria o presidente Michel Temer, onde se espera que o procurador Rodrigo Janot deve apresentar uma nova denúncia até o fim do seu mandato, que se encerra dia 17 de setembro.
Ligação de Funaro com o PMDB
O doleiro é ligado ao PMDB e ao ex-deputado Eduardo Cunha. Investigado pela Operação Lava Jato, ele ficou conhecido como operador de Eduardo Cunha acusado de ser responsável por fazer o escoamento de propina das empreiteiras para as contas do deputado fora do país. Delações de outros presos da operação foram responsáveis por identificar a atuação dele.
Para a sua defesa, o doleiro Funaro contratou o mesmo escritório que defende o também doleiro Alberto Youssef, que tem o jurista Antônio Figueiredo Basto, que é especialista em delações premiadas.
Ver todos os comentários | 0 |