O Movimento Democrático Brasileiro, partido de Michel Temer, se pronunciou sobre a nova prisão do ex-presidente, que se entregou na superintendência da Polícia Federal em São Paulo nesta quinta, 9. Para o MDB, a detenção de Temer, ‘sob argumento de que ele representa um perigo à ordem pública’, é um ‘despropósito’.
Em nota publicada no site do Partido, o MDB diz ainda que ‘continua acreditando na justiça brasileira e espera que os excessos sejam contidos e que a verdade prevaleça no andamento das investigações’.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoMichel Temer durante evento em Brasília
O partido já foi presidido por Temer em três ocasiões: entre setembro de 2001 e março de 2009, quando era deputado; entre janeiro e junho de 2010, também quando fazia parte da Câmara Federal; e entre janeiro de 2014 e abril de 2016, quando era vice-presidente da República. Hoje o líder nacional do MDB é o ex-senador Romero Jucá.
Na tarde desta quinta-feira, 9, o ex-presidente e o coronel João Baptista Lima Filho se entregaram na superintendência da Polícia Federal em São Paulo, para o cumprimento da prisão preventiva no âmbito da Operação Descontaminação, braço da Lava Jatono Rio.
A defesa do ex-presidente apresentou, também na tarde desta quinta, um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. O processo foi encaminhado para o ministro Antonio Saldanha, que deve avaliar o pedido de Temer na próxima terça, 14.
No documento, os advogados do ex-presidente afirmam que “Michel Temer, sobretudo, é um pai de família honrado, que não merece, aos 78 anos de vida, ver-se submetido ao cárcere”. O texto destaca que Temer ‘nunca integrou organização criminosa nem praticou outras modalidades de crime, muito menos constitui ameaça à ordem pública’ e que a prisão preventiva do ex-presidente foi decretada ‘sem que se indicasse nenhum elemento concreto a justificá-la’.
A liminar que havia suspendido a prisão preventiva de Temer e Lima foi revogadanesta terça, 8, pela 1ª da turma de desembargadores do TRF-2 no Rio. No julgamento, foram analisados a liminar concedida por Athié em março e o pedido, feito pelo Ministério Público Federal, para que a prisão fosse restabelecida.
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