O presidente da república, Michel Temer (PMDB), afirmou nessa quinta-feira (9) que a reforma ministerial será “inevitável” e que ela ocorrerá no "momento certo". Segundo o G1, a declaração do presidente acontece principalmente para conseguir manter o apoio de seus principais aliados, como o PP, que tem como presidente nacional, o senador Ciro Nogueira.
O PP já deixou claro que projetos de interesse do governo podem não ser aprovados se não houver a reforma ministerial. O partido pede mais espaço no governo, para ajudar a passar propostas como a Reforma da Previdência, que pode ser votada em breve no Congresso Nacional.
"Eu saberei o tempo certo para fazer, o momento certo para fazer a reforma. É algo que, toda vez que você governa, essas reformas estão sempre em cogitação. Saberei o momento certo de fazê-la", disse o presidente.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel Temer
O que reforça também a necessidade da reforma ministerial é a divisão do PSDB quanto à permanência em seu governo. Inicialmente, a vontade de Temer era manter os tucanos em seu governo até abril de 2018 quando vários ministros deixariam seus cargos para disputar eleições, mas a relação entre o PP e PSDB está estremecida, pois muitos progressistas defendem a saída dos tucanos do governo, garantindo assim mais cargos para os aliados.
Temer estaria estudando anunciar as mudanças no dia 15 de novembro, feriado da Proclamação da República. Só o PP tem 45 deputados, perder o apoio do partido poderá inviabilizar a aprovação dos projetos governistas. “Reconheço que há pleitos e, como muitos ministros vão deixar os cargos, é claro que a reforma será inevitável", afirmou Temer.
O presidente mostrou confiança com a aprovação da Reforma da previdência. "Hoje pela manhã fizemos uma reunião com todos os líderes e com o presidente da Câmara e acho que há [chance de aprovação], desde que se explique direitinho o que é a verdadeira reforma da Previdência e a importância dela. O único objetivo da reforma é combater privilégios e preservar os mais pobres e mais vulneráveis", declarou Temer.
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