O capitão Elias, relações públicas do 4º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, afirmou ao GP1 que o soldado Rafael dos Santos Leal, preso durante Operação Cargas, nesta quarta-feira (23), será alvo de inquérito policial aberto pela própria instituição e poderá ser expulso da corporação.
De acordo com o capitão, a instituição não vai ficar inerte: “A Polícia Militar não vai ser conivente com a situação, esse é o nosso dever e nossa obrigação, manter a sociedade informada do que está acontecendo, e mesmo sendo membro nosso nós não podemos aceitar esse tipo de atitude de um policial militar”, enfatizou.
- Foto: José Maria Barros/GP1Capitão Elias, relações públicas do 4º BPM
“Além do processo da área civil ele vai responder também militarmente pelo crime que ele cometeu, a Polícia Militar não pode ficar escusa desse processo”, garantiu o capitão.
Ainda segundo o oficial, será aberto um inquérito policial para investigar o soldado: “Nós vamos fazer o inquérito policial e logo após a sua conclusão vamos encaminhá-lo para a auditoria militar, comprovando a sua participação em ilícito penal, a Polícia Militar vai tomar as devidas providências para que seja realizado o processo de exclusão do membro da corporação”, declarou.
Operação Cargas
O policial militar Rafael dos Santos Leal foi preso, na última segunda-feira (21), pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) durante a Operação Cargas, que teve início após a prisão do primeiro membro do grupo, flagrado com mais de 100 TVs roubadas em 11 de dezembro de 2018, no Parque Vitória, na zona sul de Teresina. Todo o material foi roubado do depósito das Casas Bahia, localizado na Avenida Maranhão, bairro Matinha.
- Foto: Divulgação/PC-PIPolicial Rafael dos Santos
Segundo o delegado Gustavo Jung, Rafael, utilizava a função de policial para auxiliar os integrantes da quadrilha. “O Rafael se utilizava do cargo na PM, para obter informações privilegiadas, essa questão da retirada de determinada quantia em determinado local, ele por ser policial militar a fiscalização é menos rigorosa e de fato isso acontecia, e ele foi colocado inclusive na cena do crime como parte da logística. Nós temos imagens da cena, mas são imagens sigilosas que fazem parte do processo judicial”, revelou.
Ainda segundo Gustavo Jung, o PM, tirava os plantões no 4º BPM em Picos, e quando estava em Teresina, se aliava na execução de práticas delituosas. Sobre ele ainda pesa a acusação de roubo de R$ 280,00 contra um comerciante na zona leste de Teresina, a vítima inclusive era seu vizinho.
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