Um piauiense identificado como Francisco de Assis Pereira da Silva, 41 anos, foi assassinado a tiros por um sargento da reserva da Aeronáutica identificado como Juenil Bonfim de Queiroz, 56 anos, em Brasília. O assassinato ocorreu, no dia 12 de junho, em um apartamento do bairro Cruzeiro Novo.
O acusado suspeitava que Francisco tinha um relacionamento amoroso com sua esposa, identificada como Francisca Naíde de Oliveira Queiroz, 58 anos, que também foi morta. Francisco era companheiro de um rapaz identificado como Marcelo Brito e só tinha uma amizade com a esposa do militar.
Registro feito no local
Marcelo Brito, companheiro da vítima, registrou os últimos momentos antes do militar disparar contra Francisco e Francisca. O vídeo feito por Marcelo possui uma duração de nove minutos mostrando uma conversa entre o acusado e as vítimas.
No local, Juenil insistiu que Francisco tinha um relacionamento com sua esposa, mas ambos negaram. Em determinado momento Juenil diz que “quer esclarecer a traição” e que “matar ou morrer tanto faz”. Durante o tempo todo, o companheiro de Francisco pedia calma e dizia que não havia nenhum relacionamento entre as vítimas.
O militar foi até seu quarto, pegou uma pistola de calibre. 380 e disparou duas vezes contra Francisco e em seguida atirou contra sua esposa.
Disparos
Francisca Naíde de Oliveira Queiroz, de 57 anos, foi atingida por pelo menos quatro disparos e morreu na hora. Francisco de Assis Pereira da Silva, de 41 anos, foi atingido com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser levado para o Hospital de Base, em Brasília, mas não resistiu.
Francisco e seu companheiro moraram no prédio onde aconteceu o crime durante dois anos e se mudaram do local há dez meses. Os dois conheciam o casal.
Corpos
O corpo de Francisco foi liberado nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Médico Legal (IML) para ser velado no Piauí. Francisca Naíde foi sepultada nesta sexta-feira (14) no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Durante a despedida da vítima, as pessoas no velório fizeram uma oração antes de seguirem em um cortejo até a sepultura.
Prisão preventiva
Nesta quinta-feira (13), a Justiça do Distrito Federal decidiu manter Juenil Queiroz preso, por tempo indeterminado. Conforme a juíza Maria Cecília Batista Campos, o ex-militar "demonstra notória frieza". A magistrada ainda destacou que o crime “revela a elevada periculosidade do autuado”.
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