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PF busca ex-governador da Paraíba e mais 16 por desvio de dinheiro

Ricardo Coutinho, que comandou o Estado entre 2011 e 2018, teve sua prisão preventiva decretada no âmbito da Operação Calvário - Juízo Final.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça, 17, a sétima fase da Operação Calvário, a ‘Juízo Final’, para desarticular uma organização criminosa que desviou R$ 134,2 milhões dos recursos da saúde na Paraíba. Um dos alvos da ação é o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que teve prisão preventiva decretada. A PF pediu a inclusão do nome do político na difusão vermelha da Interpol pelo fato de ele estar fora do País.

Além de Coutinho, a deputada estadual Estela Bezerra e a prefeita de Conde Márcia de Figueiredo Lucena Lira, ambas do PSB, também são alvos de prisão preventiva no âmbito da Operação Calvário. A mesma medida também foi decretada em face de Waldson Sousa e Cláudia Verás, ex-secretários durante o governo de Coutinho.


  • Foto: Facebook/Ricardo CoutinhoRicardo CoutinhoRicardo Coutinho

Ao todo, a ação cumpre 54 mandados de busca e apreensão e 17 ordens de prisão preventiva nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná.

Cerca de 350 Policiais Federais participam das ações, além de procuradores e auditores da Controladoria-Geral da União.

Do valor total desviado pelo grupo investigado, mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018, diz a PF. A quadrilha teria ainda fraudado licitações e concursos públicos, além de ter superfaturado equipamentos, serviços e medicamentos.

Segundo a Polícia Federal, foi organizada uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores que fechavam contratos com sobre-preço na gestão dos Hospitais de Trauma de Mamanguape e do Metropolitano, em Santa Rita.

Para se blindar de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado, a quadrilha teria pagado propinas e utilizado contratos de ‘advocacia preventiva’ ou de ‘advocacia por êxito’ para ocultar a movimentação dos valores, diz a corporação.

A investigação apontou ainda que houve uso eleitoral dos serviços de saúde, com direcionamento de atendimentos e fraude no concurso de pré-seleção de pessoal do Hospital Metropolitano no ano de 2018.

Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitação e corrupção passiva e ativa.

Desencadeada inicialmente em dezembro de 2018, a Operação Calvário investiga uma quadrilha que teria praticado os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos em contratos firmados com unidades de saúde e educação do Estado que, somados, ultrapassam R$ 1 bilhão.

Veja lista dos alvos de mandados de prisão preventiva:

Estelizabel Bezerra de Souza (deputada estadual – PSB)

Márcia de Figueiredo Lucena Lira (prefeita do Conde – PSB)

Waldson Dias de Souza (ex-secretário de de Planejamento, Orçamento e Gestão)

Gilberto Carneiro da Gama

Cláudia Luciana de Sousa Mascena Veras

Coriolano Coutinho

Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira Caldas

José Arthur Viana Teixeira

Breno Dornelles Pahim Neto

Fracisco das Chagas Ferreira

Denise Krummenauer Pahim

David Clemente Monteiro Correia

Márcio Nogueira Vignoli

Valdemar Ábila

Vladimir dos Santos Neiva

Hilario Ananias Queiroz Nogueira

COM A PALAVRA, O EX-GOVERNADOR RICARDO COUTINHO

A reportagem busca contato com a defesa do ex-governador. O espaço está aberto para manifestações.

COM A PALAVRA, OS OUTROS INVESTIGADOS

A reportagem busca contato com os outros investigados na Operação Calvário – Juízo Final. O espaço está aberto para manifestações.

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