O servidor da Câmara Municipal de Teresina, Aldir Calro, pai da cabeleireira Aretha Dantas, fez um apelo nesta quarta-feira (31) pedindo que o caso da filha seja julgado logo. Aretha foi assassinada brutalmente, no dia 15 de maio de 2018, pelo ex-companheiro, identificado como Paulo Alves dos Santos Neto, que ainda não foi julgado, fato que revolta a família da vítima.
O GP1 conversou com Aldir Claro, que demonstrou sua revolta com a demora do julgamento do caso e reclamou que a Justiça só atendeu a defesa do acusado do crime. A família tinha relatado à Polícia Civil que a vítima foi mantida em cárcere privado por um período de quase 24 horas.
- Foto: Lucas Dias/GP1Aldir Claro
“Eu queria saber das autoridades, do senhor juiz, porque está acontecendo essa demora toda. Porque o seguinte, o que a gente ouve falar nos meios de comunicação é só defesa do acusado, daqui a uns dias quando a gente for saber, o acusado já está solto de tanto não ter agilidade em resolver esse processo, só entrada de defesa, de anulação”, cobrou Aldir.
- Foto: Facebook/Aretha ClaroAretha Claro foi encontrada morta na Avenida Maranhão
Ao longo do processo de julgamento, a defesa do acusado alegou que Paulo Alves possuía problemas mentais, mas de acordo com um laudo realizado por médicos do Hospital Areolino de Abreu, o crime foi premeditado.
“Quer dizer que a pessoa faz um crime tão bárbaro como aquele e de repente aparece dizendo que é doido, que está tomando remédio para isso, para aquilo outro. Assim é bom demais, sair matando as pessoas com o bolso cheio de remédio. Então peço à Justiça do Piauí que agilize esse caso logo, a família sofre. A família dele não sofre não. Quem perde a pessoa é que fica sofrendo, gastando, procurando advogado. Queria que a Justiça agilizasse esse processo”, concluiu Aldir.
- Foto: FacebookPaulo Alves dos Santos Neto
Entenda o caso
Na madrugada do dia 15 de maio de 2018, a cabelereira Aretha Dantas foi assassinada a facadas e em seguida foi atropelada pelo acusado próximo a Ponte da Tabuleta na zona sul de Teresina. Já na noite do dia 16 de maio, Paulo se entregou à polícia e confessou ter assassinado e atropelado a vítima.
A defesa pediu a anulação das provas colhidas na residência dele alegando que não havia mandado para que policiais entrassem na casa do acusado. O pedido foi acatado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, no dia 11 de abril de 2019.
No dia 16 de abril deste ano foi divulgado o resultado do exame de sanidade mental realizado em Paulo que constatou que ele não tem problemas mentais e que premeditou o crime.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Delegada relata detalhes das agressões sofridas por Aretha Dantas
Laudo aponta que assassino de Aretha Dantas não tem problemas mentais
Assassino confesso de Aretha Dantas vira réu na Justiça
Ver todos os comentários | 0 |