Após se reunir com a bancada do MDB na noite de terça-feira (17) no Palácio de Karnak, o governador Wellington Dias anunciou a senadora Regina Sousa (PT) como pré-candidata a vice, excluindo assim Themístocles Filho, que pleiteava a vaga desde os primórdios da corrida eleitoral. Wellington ofereceu a segunda vaga de senador da chapa para o partido e colocou o nome de Marcelo Castro na disputa. Apesar do MDB não ter confirmado se segue ao lado de Wellington, o deputado Pablo Santos afirmou que o partido não abriu mão da vaga de vice.
Diante do imbróglio que envolve a disputada vaga de vice na chapa do governador, alguns nomes ja foram citados, entre eles o do presidente estadual da sigla, o deputado federal Marcelo Castro e do deputado estadual Pablo Santos, sendo que o último poderia apaziguar os ânimos com Themístocles Filho, já que Pablo é afilhado do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi).
Em entrevista ao GP1 na tarde desta quarta-feira (18) o deputado Pablo Santos afirmou que “o MDB não abre mão da vaga de vice” e desconversou que seu nome tenha surgido para ocupar a possível vaga ao Senado em uma conversa interna do partido. “Não, não teve isso não [indicação de seu nome]. O partido ainda mantém o mesmo sentimento que é a vaga de vice-governador. O MDB não abre mão da vaga de vice”, afirmou.
Questionado sobre o anúncio feito pelo governador sobre a senadora Regina Sousa, Pablo disse que ainda “não existe uma chapa definida” e afirmou que o MDB deve se reunir outras vezes para decidir se segue aliado ao governador.
“Ele [Wellington] pediu que a gente analisasse a proposta e depois disso a gente sentasse novamente. Não tem uma chapa definida. Chapa não se define de um dia para o outro. Então a gente tem que ter prudência, paciência para não falar uma coisa e depois voltar atrás. A gente se reuniu hoje, mas não ficou nada definido”, continuou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Pablo Santos
“Feridas abertas”
Apesar de dizer que “o partido não fechou o compromisso” com o governador, Pablo disse que há “feridas abertas” na sigla por conta da decisão de Wellington, mas se mostrou empenhado para que a aliança siga durante as eleições.
“Existem feridas abertas dentro do partido por a gente trabalhar um nome [Themístocles] há três anos e meio e ter levantado o nome de outro colega [Marcelo Castro] dentro do partido. A gente está tentando a unidade pelo diálogo, pelo convencimento e pela vontade da maioria”, disse o herdeiro de Warton Santos.
Aprovação
Questionado se sairia candidato ao Senado ou a vice-governador caso seu nome fosse aprovado pela maioria do MDB, o deputado seguiu prudente e desconversou. “Eu não posso trabalhar com futurologia e muito menos com especulações. Eu acho que quando o partido realmente definir qual vai ser a estratégia de fato, aí a gente leva a público. Não posso lhe falar alguma coisa sem ter uma posição definida no partido”, concluiu.
Wellington anuncia que Themístocles não será vice
Uma maratona de reuniões teve início desde a manhã desta quinta-feira (17), entre o governador e aliados. Durante encontro no Karnak, na noite de ontem, Wellington Dias informou a Themístocles que ele não seria mais o seu vice e sim, Regina Sousa. O chefe do executivo estadual ainda ofereceu a vaga de senador a Marcelo Castro.
Wellington disse que a chapa precisava de um nome "competitivo e articulado" assim como o de Marcelo Castro.
Marcelo Castro negra "rasteira" em Themístocles
o deputado federal Marcelo Castro (MDB) negou nesta quarta-feira (18), que articulou com o governador Wellington Dias(PT) para conseguir a vaga ao Senado e tirar de Themístocles Filho a oportunidade de ser vice. Ele ainda disse que não há qualquer atrito com o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí. “Da minha parte não”, afirmou.
Carta ao governador
Após a reunião da noite de terça-feira (17), o presidente da Alepi saiu do Karnak visivelmente inconformado e marcou uma reunião com bancada emedebista para a manhã de hoje. Nesse encontro, os deputados chegaram a assinar uma carta endereçada a Wellington Dias ratificando o desejo de ter Themístocles Filho na vice. No documento os parlamentares ainda defenderam a formação do chapão.
Ameça de rompimento
Os parlamentares ainda ameaçaram defender na Convenção do MDB o rompimento com o Governo Wellington Dias e ir para oposição, caso o governador não recuasse de sua decisão.
Mas, no início da tarde de hoje, parte do imbróglio parece ter sido resolvido. Wellington parece ter voltado atrás, em parte, e garantiu que a vaga volta a ser do MDB. Resta agora, nas novas conversações, esse nome ser definido.
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