Em entrevista no Palácio do Karnak na manhã desta a segunda-feira (1) o secretário de Governo Osmar Júnior (PC do B) informou que o governador Wellington Dias (PT) vai atender algumas “ações emergenciais” pleiteadas pelos professores grevistas da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).
Osmar Júnior disse que serão adotadas quatro medidas que não estejam limitadas pela Lei Complementar nº 101, a Lei de Responsabilidade Fiscal. O secretário disse que haverá o pagamento de promoções anteriores, a regularização das bolsas estudantis, obras emergenciais na estrutura dos prédios e contratação de professores substitutos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Osmar Júnior
De acordo com o secretário a reitoria da Uespi ficou encarregada de repassar uma planilha com o orçamento das obras e a quantidade de professores substitutos que precisam ser contratados para dar andamento ao ano letivo.
“A reitoria ficou encarregada de no prazo de 90 dias apresentar um levantamento já com os respectivos orçamentos e quarto ele determinou também para apresentar o quadro de professores substitutos, exatamente a maior preocupação manifestada aqui porque isso de fato interromperia a regularidade dos cursos”, disse Osmar.
Osmar acredita que os alunos e professores entenderam que o Estado está “no meio de uma crise”, mas não confirma que a greve vai acabar. Um grupo para tratar da autonomia financeira da universidade também deverá ser criado.
Movimento grevista
A Coordenadora Geral do Sindicato dos Professores, Rosângela Assunção, disse em entrevista que os “avanços” da negociação foram apenas “promessas” e que os grevistas não estão satisfeitos com a proposta do governo.
- Foto: Lucas Dias/GP1Rosângela Assunção
“A gente não conseguiu uma garantia do governo que as próximas serão respeitadas, porque o que a gente queria era que esse processo fosse dado uma continuidade, que cada semestre a gente não precisasse fazer greve para implantar o básico que a promoção na carreira dos docentes. Então a gente não está satisfeito”, afirmou.
974 professores em greve
O movimento conta com 974 professores que entraram em greve no último dia 18 de março. Segundo Rosângela, a “tendência” é que a greve continue, mas os professores se reúnem na próxima quarta-feira (3) para decidir.
“A tendência é manter a greve, mas como eu disse, só a categoria decide. A nossa assembleia é quarta-feira próxima, lá no Pirajá, onde a gente vai decidir e avaliar a greve e ver o próximo passos do movimento”, finalizou.
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