Os moradores da Rua Dom Ferreira, localizada no bairro Portal da Alegria, zona sul de Teresina, começaram a passar por transtornos devido ao início do período chuvoso. Na noite desta segunda-feira (03), a via ficou totalmente alagada. A água chegou de 80 cm a 1m de altura.
Uma moradora da rua, que não quis se identificar, explicou que as inundações já acontecem há quatro anos. Todos os anos, ela compra móveis novos no final do ano por conta dos alagamentos que destroem os objetos da residência. E, isso começou a acontecer com a construção de um residencial pela Caixa Econômica Federal.
“Eu estou com três anos que compro móveis direto todo final de ano por conta desses apartamentos que fizeram aqui na frente, onde colocaram em uma altura muito alta o aterro e toda a água vai para a Rua Dom Ferreira. Outras construções que ocorreram na região, como o calçamento do Polo Sul, fizeram com a água viesse parar aqui na rua. A água está chegando a 80cm a 1m de altura. Isso está acontecendo há quatro anos, já falamos com a Prefeitura e é só promessa que vão construir uma galeria e nunca é feita”, relatou.
- Foto: Divulgação/WhatsappRua Dom Ferreira
Além dos danos materiais, a rua está suja e cheia de buracos que enchem de água e ocasionam a propagação de doenças. Os veículos não conseguem passar e muitos moradores possuem dificuldades em sair e entrar nas residências.
Outro lado
O GP1 entrou em contato, na manhã desta terça-feira (04), com o superintendente de desenvolvimento urbano, Paulo Lopes, da região sul da Capital. Ele informou que a previsão é que a galeria comece a ser construída em 2019. “O prefeito conseguiu junto à Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades. Esses residenciais foram construídos pela Caixa Econômica e pelas construtoras por meio dos recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). E, o prefeito em reunião com o Ministro da Cidades e com os representantes da Caixa, conseguimos o recurso para a primeira etapa dessa galeria que custará R$ 70 milhões, que inclusive já está em processo licitatório. Essa licitação deve acontecer no primeiro semestre de 2019 e, ainda no próximo ano, devemos dar início a construção da galeria”, destacou.
Questionado sobre as providências que serão tomadas pela Prefeitura durante o período chuvoso, o gestor afirmou que apenas a limpeza pode ser feita, mas assegurou que, em casos mais graves, as famílias poderão ser deslocadas para o ‘Cidade Solidária’, projeto responsável pelo acolhimento de pessoas que tiveram suas casas tomadas pela água.
“Agora, o que nós podemos ver é a questão de limpeza de forma paliativa. É o único tipo de ação que nós podemos fazer neste momento. [...] O apoio que podemos dar é esse. O outro tipo de trabalho que temos é quando a casa está em situação de risco. Por exemplo, tem uma casa que está caindo ou em qualquer situação que o morador tenha que sair do local. Agora, esses moradores estão convivendo com isso desde que foram para lá. Não é de hoje. O que vai resolver definitivamente esse problema é a galeria. Nós da Prefeitura estamos juntos, se tiver um caso mais grave, nós estaremos com a defesa civil e as assistentes sociais para avaliar a situação e, se for necessário, nós iremos encaminhar essa família para a ‘Cidade Solidária’, onde ocorre o acolhimento”, concluiu.
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