Um dos menores acusados de participar do estupro coletivo em Castelo do Piauí, Gleisom Vieira da Silva, de 17 anos, foi assassinado, na madrugada desta sexta-feira (17) no CEM (Centro Educacional Masculino).
Gleisom foi o delator dos envolvidos na reconstituição do crime. Ele foi surpreendido na madrugada desta sexta-feira (17) pelos outros menores também envolvidos no crime do dia 27 de maio dentro do dormitório. O adolescente foi espancado até a morte pelos próprios companheiros.
De acordo com o diretor CEM, Anderlly Lopes, ele conversou com os menores e todos decidiram que seria mais seguro ficarem juntos. “Eu mesmo conversei com os adolescentes, e todos concordaram que o melhor seria ficarem juntos. Foi dialogado, e eles concordaram, inclusive o que foi morto, que deveriam ficar juntos para não sofrerem represálias. Quando eles chegaram ao CEM, houve o início de tumulto. Os outros internos bateram nas grades, gritaram muito, dizendo que iam fazer eles sofrerem o que as meninas de Castelo sofreram, que iam matar eles, era um risco iminente”, disse em entrevista ao GP1.
Adão se envolve em briga
Nesta quinta-feira (16) um dos autores do crime de Castelo do Piauí, Adão José da Silva Sousa, de 40 anos, se envolveu numa briga dentro da Casa de Detenção de Altos e ficou ferido. Ele foi levado ao Hospital e depois foi ao IML, para realizar exames, mas voltou logo em seguida para a penitenciária.
No dia 27 de maio, quatro adolescentes estavam nas proximidades do morro do Garrote, no município de Castelo do Piauí, para tirar fotos de um trabalho da escola. Um homem identificado como Adão José de Sousa, de 40 anos e mais quatro menores, amarraram, espancaram e estupraram as garotas e depois as jogaram de cima do morro de 10 metros de altura.
Adão foi preso e os menores apreendidos. As meninas foram internadas no HUT e Danielly acabou não reagindo ao tratamento e faleceu no dia 7 de junho.
Os meninos foram condenados à pena máxima estabelecida no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) de três anos de internação no CEM. Adão aguarda seu julgamento na Casa de Detenção de Altos em cela separada dos demais.
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Gleisom foi o delator dos envolvidos na reconstituição do crime. Ele foi surpreendido na madrugada desta sexta-feira (17) pelos outros menores também envolvidos no crime do dia 27 de maio dentro do dormitório. O adolescente foi espancado até a morte pelos próprios companheiros.
Imagem: Divulgação Menor foi espancado até a morte
Após o homicídio, os três adolescentes foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) e depois a Central de Flagrantes. Nesse momento estão no Complexo da Cidadania, em alojamentos separados. O corpo de Gleisom foi encaminhado ao IML, onde aguarda a chegada do pai para ser liberado.Imagem: Lucas Dias/GP1Complexo de Defesa da Cidadania
De acordo com o juiz Antônio Lopes, da 2° vara da Infância e da Juventude, os menores justificaram a morte do menor. “Eu conversei com os três adolescentes e eles disseram que mataram ele, porque ele foi quem fizera os crimes e depois acusou eles. Os adultos que estão lá há muito tempo no CEM, disseram que iam matar todos eles, por isso tivemos que isolar os quatro, porque se não hoje os quatro estariam mortos. E se colocar os outros três juntos novamente, vão morrer também. Não tem mais como eles voltarem ao CEM. Vou passar para secretaria da Sasc para eles ampliarem o espaço, para que se construa um prédio individualizado. Eles ficarão aqui, o tempo que puder, até que se construa novos alojamentos isolados do CEM. ”, disse em entrevista ao GP1. Imagem: Lucas Dias/GP1Juiz Antonio Lopes
O juiz deu detalhes do homicídio. “Vai começar um novo inquérito a nível de Teresina pra sentenciar os três. Foi um homicídio sem qualquer arma. Pontapés, murros e chutes. Bateram a cabeça dele no chão, não se usou instrumento nenhum, somente espancamento”, finalizou. De acordo com o diretor CEM, Anderlly Lopes, ele conversou com os menores e todos decidiram que seria mais seguro ficarem juntos. “Eu mesmo conversei com os adolescentes, e todos concordaram que o melhor seria ficarem juntos. Foi dialogado, e eles concordaram, inclusive o que foi morto, que deveriam ficar juntos para não sofrerem represálias. Quando eles chegaram ao CEM, houve o início de tumulto. Os outros internos bateram nas grades, gritaram muito, dizendo que iam fazer eles sofrerem o que as meninas de Castelo sofreram, que iam matar eles, era um risco iminente”, disse em entrevista ao GP1.
Imagem: Reprodução Anderlly Lopes
Ainda de acordo com Anderlly Lopes, Gleisom havia ficado separado dos demais, no Ceip (Centro de Internação Provisória), porque ele foi o delator dos companheiros no crime e podia sofrer represálias dos companheiros. “Lá no Ceip eles estavam separados, mas depois das audiências, depois que o juiz entendeu que todos tinham participação ativa em todos os crimes, achamos que eles não iriam mais se desentender. Até porque o que foi morto concordou em ficar junto aos demais”, afirmou. Adão se envolve em briga
Nesta quinta-feira (16) um dos autores do crime de Castelo do Piauí, Adão José da Silva Sousa, de 40 anos, se envolveu numa briga dentro da Casa de Detenção de Altos e ficou ferido. Ele foi levado ao Hospital e depois foi ao IML, para realizar exames, mas voltou logo em seguida para a penitenciária.
Imagem: DivulgaçãoAdão José de Sousa
Relembre o casoNo dia 27 de maio, quatro adolescentes estavam nas proximidades do morro do Garrote, no município de Castelo do Piauí, para tirar fotos de um trabalho da escola. Um homem identificado como Adão José de Sousa, de 40 anos e mais quatro menores, amarraram, espancaram e estupraram as garotas e depois as jogaram de cima do morro de 10 metros de altura.
Imagem: Reprodução menores acusados
Adão foi preso e os menores apreendidos. As meninas foram internadas no HUT e Danielly acabou não reagindo ao tratamento e faleceu no dia 7 de junho.
Os meninos foram condenados à pena máxima estabelecida no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) de três anos de internação no CEM. Adão aguarda seu julgamento na Casa de Detenção de Altos em cela separada dos demais.
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