Landerson Carvalho diz que não foi conduzido à Central de Flagrantes

O ex-superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Piauí (SDE-PI), Landerson Carvalho, conversou com o GP1 na tarde desta quinta-feira (16), e disse que não foi conduzido à Central de Flagrantes de Teresina. Ele afirmou que foi abordado pela Guarda Municipal em seu escritório de contabilidade, sob acusação de que estaria descumprindo as medidas restritivas impostas pelos decretos de isolamento social, por conta da pandemia de coronavírus (covid-19).

O empresário explicou com detalhes o ocorrido, e reforçou que em seu escritório estão sendo adotadas todas as orientações dos órgãos de saúde. "Eu não fui encaminhado para a Central de Flagrantes. A Guarda Municipal chegou em meu escritório de contabilidade, que está obedecendo à risca todas as orientações sanitárias, inclusive com redução de 50% dos funcionários, e já vieram nos corrigindo, dizendo que estávamos errados e que eu teria que ir para a Central. Então expliquei que não era bandido para ir à delegacia, falei que sou um cidadão. A Guarda chegou às oito horas da manhã, foram seis carros e só saíram de lá ao meio-dia. Nesse horário ainda tinham três viaturas em nossa porta, como se fôssemos bandidos", detalhou. Landerson Carvalho se desligou do cargo no Governo do Estado no dia 02 de abril.

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• Foto: Lucas Dias/GP1Landerson Carvalho

Em tom de desabafo, Landerson Carvalho lamentou a abordagem feita pela Guarda Municipal. "Confesso que estou totalmente decepcionado, pois sou um colaborador da sociedade, pago impostos, gero empregos, mas somos tratados como bandidos. Inclusive, o TCO [Termo Circunstanciado de Ocorrência], eu mesmo imprimi em meu estabelecimento e assinei a minha sentença de morte, como se eu fosse um marginal", revelou.

Segundo o ex-superintendente da SDE, ele e outros empresários já arrecadaram mais de um milhão de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e cestas básicas para doação. "Através do Rede Piauí, eu e mais outros empresários, distribuímos mais de um milhão de máscaras, aventais impermeáveis, centenas de cestas básicas. Conseguimos 35 mil litros de álcool 70. Portando, somos colaboradores e jamais iríamos fazer nada que infringisse as determinações decretadas", afirmou.

Por fim, Landerson Carvalho colocou que os serviços de contabilidade são essenciais para as empresas que estão funcionando durante a quarentena. "Os serviços essenciais que estão funcionando, como supermercados, clínicas, postos de combustíveis, as pessoas que estão trabalhando em home office, todos esses precisam do trabalho de contabilidade, para fazer balanço, fazer a folha de pagamento de pessoal. Enfim, não podemos deixar de trabalhar", pontuou.

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