- Foto: Christophe Simon/ AFPBarragem de Mariana se rompeu ano passado
A Justiça Federal de Minas Gerais determinou nesta sexta-feira (11), que a mineradora Samarco faça com urgência uma perícia para verificar se a lama de rejeitos de minério de ferro ainda vaza na barragem de Fundão, que se rompeu na cidade de Mariana.
O rompimento da barragem, que matou 19 pessoas e é considerado o maior desastre ambiental do país destruiu a vegetação e o meio ambiente ao longo da bacia do rio Doce, atingindo dezenas de municípios do estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.
De acordo com o Uol, no mês passado, o Ministério Público Federal (MPF), denunciou 22 executivos e profissionais da mineradora de suas controladoras Vale e BHP Billiton, e da VogBR, empresa que prestava serviços à Samarco, com a acusação de homicídio doloso, ou seja, quando assume o risco de matar.
Segundo a decisão desta sexta, da juíza Rosilene Maria Clemente de Souza, da 12ª Vara da Justiça Federal, por conta do período de chuvas, maiores danos podem ser causados ao meio ambiente. "Não há provas definitivas de que a lama que restou na barragem foi contida e nem que as medidas que estão sendo tomadas para essa contenção são totalmente eficazes".
"Existem apenas estudos científicos, ainda sem conclusão definitiva e aprovação pelos órgãos ambientais, sobre a viabilidade e utilidade da retirada dos rejeitos depositados nas margens do rio Doce, seus afluentes e adjacentes de sua foz após o acidente", disse a juíza em sua decisão.
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