Ao prorrogar a prisão temporária dos quatro alvos da Operação Spoofing, o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, também decretou o bloqueio de ativos dos quatro suspeitos em criptomoedas. O magistrado determinou que corretoras financeiras que operam neste mercado sejam oficiadas sobre a medida cautelar.
Vallisney acolhe pedido do Ministério Público Federal, que ressaltou que ainda não conseguiu obter o conteúdo dos celulares de dois dos presos, Gustavo e Suelen, tampouco tiveram acesso às contas de bitcoin que ambos possuem, de forma que a liberdade os permitiria movimentar dinheiro.
Segundo informações da Polícia Federal, Gustavo Henrique Elias Santos se recusou a informar sobre as corretoras de bitcoins que operam suas carteiras neste mercado. Em representação, a Polícia Federal também afirma que ele não conseguiu provar a origem lícita dos R$ 99 mil apreendidos em sua residência com Suelen, apesar de ter dito que as cédulas são fruto de seus investimentos.
“Oficiem-se, oportunamente, em complemento aos ofícios anteriormente expedidos às empresas de bitcoin. As informações devem ser prestadas diretamente à autoridade policial, conforme endereços eletrônicos fornecidos com a representação”, anotou.
De acordo com o magistrado, Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveiras devem continuar presos para que sejam aprofundadas as investigações da Operação Spoofing, que mira ataques hacker a a mil pessoas, entre elas, autoridades dos três Poderes.
A prorrogação foi solicitada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal devido à grande complexidade da investigação e à grande quantidade de dados apreendidos a serem analisados nos próximos dias.
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